0.6 – As Eras Míticas

Nota: Se você é aquele jogador do Storyteller e acha que vampiros realmente tem poder e não compreende a Era Moderna, teve apenas a oportunidade de conhecer narradores que estavam um pouco alienados, boa leitura.

O poder da criação refletia a imagem e semelhança da Criadora, assim como dito e ordenado. Um mundo criado pela Vontade, sua criação surgia pela sua Vontade e a ela era dado Poder da Vontade, a Centelha Divina, essa centelha reverbearia atraves das eras recebendo o nome de Avatar e cada pessoa do mundo, possui pequeno fragmento, este pequeno fragmento da Criadora. Quando a Criadora se desfez em milhares de pedaços extendendo cada um de seus fragmentos em cada pessoa viva na sua criação, cada um recebeu uma pequena centelha do poder infinito e ilimitado, ainda assim um pedaço do infinito que continuava a ser infinito e imensuravel. Existiu uma Era na historia do mundo criado, pouco citada, pouco retratada, menos ainda lembrada. Dragões rasgavam os céus em gloriosos rugidos, Deuses surgiam e erguiam-se de acordo com a Vontade Humana, mares eram moldados, vales surgiam verdejantes e infinitos, montanhas se levantavam e erguiam-se para caminhar entre os homens. Nessa hora surgiram milhares de povos e raças criadas pela Vontade da humanidade, Elfos e até mesmo Orc, entre muitas outras criaturas, hoje nas Eras Modernas Extintas. Essas Eras duraram por aproximadamente (15.000 A. C - 6.000 A.C) anos, contados apos a Criação do Eden.

As Eras Místicas: O Começo.

O ápice da criação foi o homem, moldado a imagem e semelhança da Criadora, em seus planos um dia ela os daria a Centelha Divina, o Avatar uma parte do seu proprio ser e de sua propria existencia, infinita e ilimitada... O Homem nasceu, composto de todos os elementos; todos os mistérios; todas as texturas da Luz, Trevas e Sombras; e todos os segredos da Criação. Um rebelde nasceu, seu nome era Adão, ele iria desafiar as feras, os deuses, os elementos, os testamentos e todos os seres que aqui ficaram presos quando ELA demarcou o universo no vazio. Conforme a crença do Homem, deuses ascendiam; conforme a vontade do Homem, então os céus caíam, conforme a vontade do homem.

E foi bom. E em seu Vácuo, A Absoluta riu com alegria, resplancedeu de felicidade e amor pela sua criação, sua Obra-Prima, era perfeita.

Logo os deuses e Celestinos deram à luz às bestas e as raças ancestrais, assim como pela vontade da humanidade essas criaturas eram – espelhos vivos de suas vaidades. Estes novos seres erraram como colossos através de reinos estéreis, subiram pesadamente nas tempestades ou correram em pernas minúsculas nas sombras dos gigantes. Aqueles que puderam ergueram estranhos templos aos seus senhores ou labirintos de pedras escavadas. Nos anos posteriores, os homens chamariam tais raças de Nephilim, Vhujubnka, Ter-hachinn, Ka Luon e muitos outros nomes. Mas nestes Primeiros Dias, apenas os Celestinos podiam nomeá-los, e tais segredos são apenas para os ouvidos dos Celestinos.

A Vontade e o Poder da Criadora correndo atraves dos primeiros filhos da humanidade fez nascer maravilhas sem fim. Os 10.000 gritaram suas Palavras nos ouvidos de barro, e o barro começou a andar indiferente a eles; os 10.000 Esquecimentos Sombrios sussurraram suas próprias Palavras nos mares, e os abismos borbulhavam. Ambos se partiram em microcosmos, dando à luz seres sem número, e construindo cortes etéreas onde sua influência era questionável.

Mas isto não serviria.

A consciencia humana o Desejo, o querer era a Vontade e A Vontade era o Poder, atraves da criatividade da humanidade e da Centelha Divina dentro de cada ser humano. Os 10.000 Esquecimentos Sombrios falaram claramente a todos os elementos, quando viram a humanidade. Um quarto que caminhavam sobre a Terra sopraram Palavras de Modelamento; um quarto foi para o Fogo e murmurou Palavras de Paixão; um quarto mergulhou na Água e murmurou as Palavras de Mistério; um quarto voou no Ar e gritou Palavras de Indagação.

Tudo aquilo que existiu...

Incontaveis seres, raças e especieis vieram ao mundo e a criação atraves dos sopros da Vontade e dos Celestinos, milhares de seres foram moldados, os Umbroides, os Antevos e outras bestas peculiares desconhecidas por místicos inferiores também podem aparecer, dragões, anões, povos estranhos e confusos.... As Eras Místicas eram repercursos de poder vivo e bruto na terra, não haviam barreiras que separavam a criação e a imaginação, o que era real e o que não era...

O que me faz lhes dizer que talvez em alguma excursão de uma vida passada um Arquimago tenha matado a companheira de um dragão, e agora a besta voltou por vingança. Um dragão não é uma ameaça a se ignorar... E se, em sua ultima visita até mesmo para um poderoso Desperto indo até à Corte Egípcia, o Arquimago se esqueceu de prestar os devidos respeitos a Tot? Se o deus se sentir ofendido, uma batalha perigosa por sobrevivência ou sanidade poderia se seguir – quem deseja lutar uma guerra contra o deus do conhecimento? Deuses, titans, dragões, unicórnios, fadas, tudo isso existe e existiu, porém em algum momento, muito disso se perdeu... Embora ainda nos tempos atuais o que esta perdido pode ser encontrado, porém tais segredos devem ser buscados com cuidado, alguns podem ter um preço bem maior que a morte.

A Primeira Purgação

Os horrores dos reis-sacerdotes que sacrificavam seus súditos em honra a demônios inomináveis e de hordas possuídas por espíritos malignos que saqueavam cidades inteiras não passaram batidos. Em todo o mundo, a crença na existência de algo superior rompeu o medo que apertava estas civilizações em suas garras, e magos, místicos, xamãs, padres, artesãos, sábios e camponeses se uniram para derrotar os primeiros corruptores.

Cidades inteiras foram arrasadas e seus nomes esquecidos para todo o sempre. Dinastias das Eras Míticas caiam e novas ideias, muitas propagadas, começaram a florescer. Os Taftâni lacraram os djinn em garrafas, potes e lâmpadas, e os Ahl-i-Batin caçaram e detiveram os magos corruptos onde quer que os encontrassem.

O Egito Antigo foi unificado sob um panteão divino que colocou os deuses da sabedoria, do artesanato e da esperança de vida após a morte no coração das pessoas, e os bárbaros possuídos foram vencidos pelos exércitos romanos. Assim, os corruptos viram que não poderiam vencer através do confronto aberto. Além disso, muitos que tinham feitos pactos tiveram suas almas arrebatadas pelos demônios a quem serviam. Assim, o mal que pareceu por muito tempo corromper sociedades antigas foi subjugado.

Ao menos por um tempo.

Arte, religião, ciências, filosofia, desenvolveram as bases de grandes civilizações que cresciam em influência e se espalhavam rapidamente.

Mas a semente do mal estava lá, no coração de cada sociedade.

As Eras Místicas: A Terrível Era.

A medida que a humanidade crescia, nem toda ela era Desperta, nem toda ela podia manifestar o Poder dado pela Criadora, pois estavam Adormecidos e seus olhos ainda não haviam se aberto para a Verdade, ainda assim suas mentes, suas fantasias reverberavam e davam o sopro da vida a inimaginaveis criaturas.... Porém outras... outras que viviam na imensidão do vazio haviam ficado presas na criação, quando Ela, a Infinita e Absoluta havia desenhado o universo no vazio.

Em suas cortes, as emanações tramaram. Para seduzir o Homem, eles teceram grandes projetos e moldaram impérios com suas promessas e mentiras. Vários tomaram amantes entre a raça humana, mas logo descobriram que tais amantes sobressaíam-se a eles. A maioria foi destruída antes que pudesse se erguer contra eles, mas vários – como Lilith, Manu, Xue e o Assassino de Parentes Caim – sobreviveram e ascenderam acima deles. Furiosas, os antigos lançaram maldições sobre estes poucos; em vingança, os ascendentes derramaram seu próprio sangue sobre a terra e convocaram tempestades para envenenar os céus.

Alguns deuses ofereceram presentes, e não punições. Aqueles homens que dobravam seus joelhos diante de altares e matavam seguidores de outros deuses receberam grandes favores e verdades místicas. A raça antiga foi testar a coragem da humanidade. Alguns vestiram-se nas peles humanas e andavam entre eles como conquistadores; outros assumiram máscaras místicas e conquistaram os mortais como amantes ou divindades. Até mesmo alguns Celestinos, libertando fantasias humanas e trazendo-as à vida.

Os reis-ferais coçaram suas cabeças em espanto; alguns forjaram pactos com os recém-chegados; outros simplesmente os devoraram. A partir disso, o Homem aprendeu a Lex Praedatorius – a Lei do Predador – que simplesmente diz: “Há aqueles que devoram, e aqueles que são devorados”. A lição não seria perdida entre o Homem.

Mas nenhuma fúria trovada dessas entidades ou anciões do universo poderia abalar a Obra-Prima da Criadora. Com cada passo que o Homem deu, os mundos do espírito e da matéria se afastaram. Embora todos os seres que estavam ali tivessem tentado orientar seus passos, apesar de seus poderes, a vontade humana prevalecia e permanecia livre, pois essa era a Vontade da Absoluta, a Vontade da Criadora, mesmo já não existindo mais, Sua Vontade era feita. O Universo era um presente para Humanidade.

Muitos deuses e antigos procuraram purgar a mácula, purgar a humanidade e o universo criado, buscando uma forma de se libertar e retornar ao vazio. Eles teceram metamorfos de peles de animais e homens e, em seguida, os enviou para abater os rebanhos humanos. Eles elaboraram jardins onde todos os elementos se reuniam como um, e então amaldiçoaram aqueles humanos que transpassaram seus domínios. Eles ensinaram mágikas aos homens, então eles puderam matar uns aos outros, e forjar infernos para onde as almas desobedientes iriam depois. Ainda assim, a mão do Homem se tornou forte, e os deuses e os antigos tomaram grandes medidas. Eles teceram ilusões para cegar a humanidade. Eles prenderam mandamentos em pedras e mataram aqueles que não obedeceram. Eles enviaram incêndios e inundações, mas ainda assim, a humanidade perseverou. Os deuses desencadearam a peste, e embora  os gritos do Homem tenham rasgado as próprias nuvens, o seu espírito não morreria.


As Eras Místicas: A Fragmentação.

Sob o olhar ardente daqueles que ficaram presos na criação, essas sombras vivas construiram um mundo de ouro e cinzas.

Nascidos da Criadora, o Homem continha Luz e Escuridão em cada mão, porém esse poder ficou apenas entre eles, equilibrando seus dons. Quando sentia compaixão, o Homem podia envergonhar a própria Luz e os Celestinos. Mas quando se enfurecia, nenhum deus, antigo, fera ou raça ancestral podia superar a crueldade humana. Quando as tribos inventaram as torturas, até os demônios se impressionaram. Conforme impérios cresceram, reis sacerdores, entidades e anciões presos no universo cobriram pirâmides de peles humanas e prenderam crianças vivas entre paredes de seus túmulos, foi nesse derradeiro momento, em que mães gritaram quando bebês não nascidos foram arrancados de seus ventres, e seus gritos enfurecidos espelharam-se ao poder d'Absoluta, onde o tom da sua simples voz poderia despedaçar Celestinos, e eliminar os Esquecimentos Sombrios, em seus gritos de dor foram capazes de tremer o firmamento do universo, e os "deuses e anciões" viram isso e ficaram extasiados em choque, amedrontados e assustados... E assim enquanto muitos como esses esforçaram-se para acabar com a humanidade, outros que uma vez ficaram aos pés da Absoluta no Crisol da Criação, fizeram um pacto para salvar a raça.

Os humanos que Despertavam e Acordavam para a Verdade sentiam o Poder da Vontade e d'Absoluta – o poder moldar a sua vontade, tecer e modelar o inimaginavel, o Poder D'Absoluta; criar universos, mundos e planos, seres e existencias, apagar criaturas da existencia, extinguindo-as de acordo com sua vontade. Um minusculo fragmento D'a Absoluta neles, ainda era infinito e ilimitado em poder, então eles, os vazios recuaram para as sombras, recolheram-se nelas assustados, temerosos...

Muito tempo já havia passado depois do Éden, os versos da Absoluta dentro dos homens era Vontade e Poder, como trovões, chama e milagres, esse Poder derrubou os deuses em seus domínios e mudava o universo criado e os firmamentos. Os deuses e os antigos lutaram cruelmente; mártires de toda humanidade foram serrados ao meio, fervidos vivos, servidos como alimentos para feras e partidos em pedaços, mas a maré d'Absoluta não pode ser parada, ela era acima de tudo. Relutantemente, os deuses e os antigos vestiram máscaras de Anjos Caídos e recuaram para as sombras enquanto observavam os passos do homem separar o universo, modela-lo e afastar aquilo que seria o mundo fisico e o espiritual...

Então A Primeira Tempestade de Avatares que seria o (Diluvio), limparia a terra e causaria uma grande Fragmentação, limpando do mundo tanto do que havia existido.