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2.3 – O Conceito: Idade das Trevas

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Mensagem por Ageu337 Seg Jan 21, 2019 12:02 am

O Conceito: Idade das Trevas

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Escrevi este pequeno manual sobre o uso de títulos e conceitos de nobreza. Nove entre dez autores iniciantes de contos e romances de fantasia ambientam suas tramas na Idade Média europeia ou num mundo imaginário nela baseado. Em pelo menos oito dos nove casos, a referência única ou principal, tenham ou não consciência disso, é o mundo dos nobres e cavaleiros da Inglaterra medieval e usam títulos como Lord e Sir, pois tentam imitar autores britânicos ou estadunidenses de alta fantasia ou de fantasia histórica.

Mas em quase todos os casos é comum que cometam erros óbvios aos olhos de qualquer inglês, ou mesmo de qualquer um que conheça história ou literatura clássica. Provavelmente porque o Brasil não teve uma nobreza tradicional à moda europeia, salvo pela transplantada família imperial. Os títulos eram distribuídos pelo Imperador como se fossem condecorações e não eram hereditários.

Erros comuns incluem

•  Dirigir-se a um rei como Sua Majestade (esse tratamento só se usa quando alguém menciona o rei a terceiros - o correto é Vossa Majestade);

•  Chamar filhos ou netos de um duque vivo de duques ou duquesas (como se duque fosse uma classe e não um título);

•  Chamar um nobre de Lorde Paul ou sua esposa Lady Glaucia. Nunca se usam esses títulos apenas com o primeiro nome, salvo para princesas britânicas - só com o nome completo ou o sobrenome. O mesmo se dá com o uso formal de Senhor ou Senhora em português;

•  Ou, pelo contrário, um cavaleiro de Sir Smith (esse título se usa apenas com o primeiro nome ou o nome completo) ou um nobre de Dom Ferreira (idem);

•  Usar Lorde para uma mulher (sempre Lady, salvo casos raríssimos) ou um rei (não se usa para reis, príncipes ou duques - só para barões, viscondes, condes e marqueses);

•  Não levar em conta a importância das distinções mais altas e, digamos, fazer um impostor fazer-se passar por duque com facilidade. Mesmo os maiores reinos nunca tiveram mais do que umas poucas dezenas de duques, nomes bem conhecidos: seria como tentar fazer-se passar por governador ou general no Brasil moderno;

•  Confundir nobre com portador de título de nobreza, quando a maioria dos nobres jamais teve títulos;

•  Chamar um rei pelo nome e sobrenome: isso nunca se usou. Filhos de príncipes, reis e imperadores têm apenas nomes de batismo. A partir da Baixa Idade Média começaram a adotar nomes de reinado numerados, que não são necessariamente os nomes de batismo.

•  Pensar na hierarquia tradicional de barões, viscondes, condes, marqueses e duques como se fossem etapas de uma carreira e as promoções fossem comuns. Eram raríssimas, não só na vida de um indivíduo, como na saga de uma linhagem ao longo das gerações.

Muitas das regras podem ter exceções, mas estas têm sua razão de ser e quando acontecem, merecem uma explicação. Também é certo que em mundos de alta fantasia, outras regras e títulos poderiam existir - mas neste caso, é preciso ser coerente e deixar claro como funciona o sistema. E nesse caso, não devia usar títulos realmente existentes com convenções de uso bem estabelecidas, como os de lorde, sir ou marquês.


Títulos de Nobreza

Duque - É o mais elevado título de nobreza nas principais monarquias ocidentais, abaixo apenas de príncipe - normalmente o filho da família reinante - e tem origem no Império Romano, cujos comandantes militares recebiam o nome de dux, palavra latina que significa aquele que conduz, o que vai à frente, o pastor. O primeiro duque de que se tem notícia foi o de Castellanos, no século 12. Entre os povos antigos, o duque era merecedor de honrarias como se fosse parente do rei. Na Rússia havia o título de grão-duque, entre o duque e o czar, e na Áustria a mesma distinção foi instituída com o título de arquiduque. O assassinato de um deles, Francisco Ferdinando, numa rua de Sarajevo em 28 de junho 1914, fez eclodir a Primeira Guerra Mundial.

Marquês - Na hierarquia da nobreza, é inferior somente ao duque. Seu nome vem do provençal, dialeto medieval falado no sul da França. Ali se chamava originalmente de marques o intendente de fronteira - também chamado de governador de marca. Marcas eram distritos localizados em zonas de proteção nas regiões fronteiriças ou não-pacificadas. Aí, o marquês tinha amplos poderes e respondia pela administração civil e pela defesa militar. Ou seja, era o senhor de terras fronteiriças.

Conde - Na Roma Antiga, o vocábulo latino comes, comitis, aquele que acompanha - que deu origem à palavra comitiva - se referia à aqueles que viviam na órbita direta do imperador, seus assessores e oficiais palacianos. Compunham o conselho particular do monarca e o acompanhavam em viagens e negócios, quando exerciam função adjunta e poderes delegados pelo soberano. O valete, conhecido nas cartas do baralho, é o mesmo que conde.

Visconde - O mesmo que vice-conde, do latim vice comitis, ou seja, o substituto do conde, designado para desempenhar suas funções quando ele estivesse impedido ou ausente - na realidade, o funcionário que substituía o conde na administração do condado. A partir do século 10, o título passou a ser outorgado também aos filhos dos condes.

Barão - Título imediatamente inferior ao de visconde, o berço dessa palavra se encontra no germânico baro, que, originalmente significava homem livre, embora os oficiais assim chamados fossem dependentes diretos do rei. O título era concedido a pessoas de destaque na comunidade pelo seu bem-sucedido desempenho profissional. No Império Romano, era um cargo administrativo cujo ocupante se incumbia da fiscalização dos prefeitos que atuavam nas redondezas da capital romana. O título foi criado pelo imperador Adriano para premiar soldados e administradores que se destacavam em suas atribuições, mas que não tinham direito a assento na alta nobreza de Roma.

Cavaleiros


Por volta dos seis anos de idade, o jovem nobre iniciava a sua formação de cavaleiro exercendo as funções de um pajem. Já nessa primeira fase, ele aprendia sobre equitação e o manejo das armas utilizadas por um cavaleiro. Aos onze anos de idade o aprendiz era transformado em escudeiro e era designado a um cavaleiro que prosseguia com a educação do jovem, o que incluía aprender a ler e a escrever, música, dança, canto e treinamento marcial. Nessa época, ele acompanhava o seu senhor nos campos de batalha e aprofundava os seus conhecimentos sobre o manejo da espada. Além disso, aprimorava a sua condição física em lutas, corridas e desafios de esgrima e aprendia a valorizar as atitudes de um cavaleiro, quais sejam: valentia, fidelidade e lealdade. Entre os 16 e 18 anos, o escudeiro podia tornar-se candidato à cavaleiro. A proclamação de um cavaleiro era realizada por um lorde ou outro cavaleiro de grande reputação.

Igreja

Na Idade Média, a religião dominante era a Católica, sendo a Igreja era uma das instituições que tinham mais poderes na sociedade medieval, utilizando-se dessa dominância para disseminar a doutrina cristã neste período. O que dava à Igreja todo este poder de decisão política-econômica, eram seus patrimônios e o controle de grande parte dos territórios feudais na época. Dentro do clero, alguns viam que toda essa influência estava atrapalhando um pouco a disseminação dos princípios religiosos na sociedade, e devido a isso, dividiram a Igreja entre o clero secular, responsável por administrar os seus bens materiais e por representar a Igreja em questões políticas; e o clero regular, responsável pelas práticas cristãs e seus valores religiosos. A Igreja Católica exerceu grande influência no processo de composição das cavalarias e da nobreza. Para os clérigos, as ações dos cavaleiros e dos nobres deveriam defender a moralidade da religião cristã. Uma das influências da Igreja se dava na cerimônia religiosa que tornava o nobre um cavaleiro. Nessa cerimônia o indivíduo jurava seguir os princípios da fé e da moralidade cristã. Dos quais eram;

Acreditar nos ensinamentos da Igreja e observar todas as direções que a Igreja mostrar;
Defender a Igreja;
Não mostrar misericórdia para com os infiéis, e não hesitar em participar dos conflitos contra;
Desempenhar todas as tarefas acordo com as leis de Deus;

Vida Medieval

Nas famílias camponesas, todos trabalhavam muito. Além de cuidar das terras do senhor do feudo, homens, mulheres e crianças faziam à colheita, moíam os grãos e construíam pontes, estradas, estábulos e moinhos. Ao mesmo tempo, cultivavam seus lotes e cuidavam dos animais e dos trabalhos artesanais e domésticos.  Os camponeses viviam em cabanas cobertas de palha, com piso de terra batida e a área interna escura, úmida e enfumaçada. Em geral as cabanas tinham apenas um cômodo, que servia para dormir e guardar alimentos e até animais. Os móveis, bastante rústicos, resumiam-se à mesa e bancos de madeira e os colchões de palha. No almoço ou no jantar, comiam quase sempre pão escuro e uma sopa de vegetais, legumes e ossos. Carne, ovos e queijo eram caros demais, só em ocasiões especiais. Em vários períodos houve falta de alimentos e a fome se espalhou por muitas regiões da Europa, vitimando, os mais pobres.

A mesa dos nobres, entretanto, não faltava uma grande variedade de peixes e carnes, quase sempre secas e salgadas, para se conservar durante o inverno. No verão, para disfarçar o gosto ruim  e o mau cheiro da carne estragada, a comida era cozida com especiarias e temperos fortes, raros e exóticos, que vinham do Oriente, custavam caro e eram difíceis de obter. O açúcar, outra raridade, era considerado um luxo e usado até como herança ou para pagamento de dotes. O vinho era consumido em grande quantidade em quase todas as regiões, e os habitantes do norte da Europa também costumavam consumir a cerveja.

Nas cidades, aglomeravam-se e conviviam todos os tipos de pessoas e profissões: ricos, comerciantes, taberneiros, artesãos, padeiros, relojoeiros, joalheiros, mendigos, pregadores, vendedores ambulantes, menestréis, etc. E na periferia das cidades, bastante discriminados pela maioria da população, viviam outros grupos: judeus, muçulmanos, hereges, leprosos, homossexuais e prostitutas, que estiveram entre os quais perseguidos e reprimidos pela Inquisição, a partir do século XII.

Analfabeta, em sua maioria, a população falava a língua dominante em sua região de origem e os idiomas ainda hoje falados na Europa foram formados nessa época, em conseqüência dos contatos com pessoas e com línguas de origem germânica ou de outras regiões com o latim, a língua romana. Como não sabiam ler, essas pessoas só tinham acesso à literatura por meio de artistas que se apresentavam em público para ler e contar histórias, declamar poesias ou cantar e encenar espetáculos de teatro nas praças, ruas e tavernas das aldeias e cidades, muitas vezes durante as festas.

Direitos

No início de 1214. Uma vergonha da derrota fez com que a nobreza se levantasse definitivamente contra seu monarca. Em 63 artigos, os nobres estipularam quais direitos queriam que o rei garantisse a eles e a seus descendentes. Algumas das exigências mais importantes eram o direito a que nenhum imposto fosse mais criado sem a aprovação da nobreza, bem como que nenhum cidadão livre poderia ser preso por funcionários reais sem que as razões de sua prisão fossem investigadas. Além disso, os nobres estabeleceram para si privilégios inalienáveis, os quais nem o rei nem o papa poderia revogar. A partir daí, pela primeira vez, um rei não reinaria mais pela "graça divina", com poderes ilimitados. Não é demais lembrar que a Carta era a carta de liberdades para os senhores feudais. A massa principal da população não obteve benefício algum. Entendam que durante os sistemas feudais vigentes na época, simples fato de discordar da Igreja ou esbarrar no cavalo de um nobre poderiam lhes condenar a fogueira ou a forca.

Expectativa de Vida


A medicina na Idade Média, quando vista da atualidade, mais parecia coisa do louco. Muito dos medicamentos e tratamentos se baseavam totalmente na velha superstição. Um das maneiras mais usadas para a cura de qualquer tipo de doença era a sangria. Os médicos abriam buracos nos doentes ou usavam sanguessugas para retirar uma parte do sangue. Eles acreditavam que isso fazia com que a doença fosse expelida com o sangue para fora do corpo, o que, obviamente, não faz nenhum sentido.

Por causa desse tipo de tratamento médico e pela desigualdade social gritante, a expectativa de vida naquela época é de pouco mais de 30 anos para o homem e um pouco mais para a mulher. A mortalidade infantil era gigantesca e o trabalho forçado fazia com que muitos morressem ainda bem jovens.

Castelo da época do feudalismo


Os senhores feudais moravam em castelos fortificados, erguidos em meio às suas terras. Até o século X, eram, geralmente, de madeira. Com o enriquecimento dos senhores feudais, os castelos passam a ser construídos de pedra, formando verdadeiras fortalezas. Dentro dele viviam, monotonamente, o senhor, sua família, os seus domésticos e, em caso de guerra, todos os vassalos que ali se abrigavam do inimigo comum. O interior do castelo era amplo, mas frio, espartanamente mobiliado, oferecendo pouca comodidade. As únicas diversões eram, especialmente nos dias chuvosos, os cânticos dos jograis e as graças dos bufões. Em dias de sol, periodicamente, o senhor do castelo saía à caça, ou promovia torneios com cavaleiros vizinhos, disputando alegremente o jogo das armas.

Os servos da gleba


Os mais humildes dos vassalos eram os servos da gleba, que, de tão humildes, não tinham vassalos. Era o mais baixo degrau da sociedade feudal. Além de terem de lavrar a terra de seu suserano, davam-lhe o melhor de suas colheitas. Na guerra deviam lutar a seu lado, às vezes armados apenas com paus ou precárias lanças. Estavam sujeitos a prestar todo e qualquer serviço a seu senhor. Não podiam casar, mudar de lugar, herdar algum bem, se não tivessem a permissão de seu senhor. Moravam em miseráveis choupanas, nas próprias terras de seus suseranos.

Camponeses

Estes eram os responsáveis por servir os nobres e a Igreja nas terra feudais, além de sustentá-los com o pagamento de impostos, que eram extremamente altos. O pagamento que os camponeses recebiam pelo trabalho era comida e a sua alimentação era muito precária, sendo que muitos deles chegavam a passar fome.

Ordálio

Era o costume de submeter o acusado, de um crime a um perigo, para ver se era culpado. (Por exemplo: colocar a mão em água fervendo; segurar um ferro em brasa. Acreditava-se que, se inocente, Deus produziria um milagre, não deixando que algum mal acontecesse ao presumível culpado). A Igreja lutou contra esse costume, procurando extingui-lo.

Os duelos

Os nobres costumavam praticar o duelo, para resolver suas questões pessoais. Também contra isso lutou a Igreja, que procurou levar o julgamento dos crimes aos tribunais dos príncipes e senhores, a quem caberia administrar a justiça.

A mulher

A mulher na sociedade feudal era considerada um mero instrumento, máquina de procriação e objeto de propriedade e posse exclusiva do marido, seu amo e senhor. Não podiam sequer o de escolher seu futuro marido ou quando queriam se casar. A vida de mulher na Idade Média era complicada. Elas eram tratadas apenas como objetos sexuais por seus maridos, não possuíam muitos direitos e tinham que casar com quem seus pais bem entendessem. Naquela época, ter uma filha nunca era algo muito bom, a não ser que um bom casamento fosse arranjado para ela.

O Homem

Já ter um filho homem era melhor, pois ele era mais valioso e poderia se casar com alguma mulher para trazer mais poder para sua família ou mesmo dinheiro.

O lendário cinturão de castidade


Era um artefato de ferro ou de couro que os homens colocavam em suas mulheres e que tinha uma tranca (ou uma espécie de cadeado) para impedir que elas, na ausência de seus maridos, mantivessem relações extraconjugais. O cinto de castidade tinha apenas um orifício (não dois como desenham muitos historiadores e artistas plásticos que tentam resgatar o mito dessa odiosa peça) por onde saiam às fezes e a urina da mulher. O grande problema era que, por não poderem fazer sua higiene, as mulheres acabavam vítimas de infecções urinárias graves por Escherichia coli, uma bactéria que é constituinte da flora normal do intestino, mas que no sistema urinário causa uma infecção gravíssima e que pode causar nefrite, nefrose e levar à morte. Muitas morriam ainda muito jovens por causa desse tipo de costume.

A homossexualidade

Praticamente não existiam homossexuais declarados e assumidos na idade média, pois a Igreja Católica os punia severamente e, diante do quadro de horrores a que estavam sujeitos, nenhum homem ou mulher se declarava homossexual ou assumia sua condição e opção sexual.

Hábitos

A higiene na idade média era o ponto fraco, tanto que possibilitou o alastramento de doenças que quase dizimaram com toda a Europa medieval, especialmente a Peste Negra (peste bubônica) que exterminou quase dois terços da população.

Alimentação

Basicamente carne de caça, alguns animais domésticos e vegetais.

Lazer

A diversão dos homens, cavaleiros, suseranos, servos eram, em grande parte os duelos e das mulheres, cuidar dos filhos.

Sobrenome

Na Idade Média, como a população era muito menor, as pessoas ainda não tinham o costume de adotar sobrenomes. Para diferenciar quem tinha o mesmo nome, era utilizado o nome da cidade da pessoa ou a profissão que ela tinha. Ou seja, uma pessoa chamada João, poderia ser reconhecida como João de Londres ou como João Açougueiro. Muitos dos sobrenomes que temos atualmente vem dessa época, por isso, não é incomum vermos gente com nomes que remetem a profissões da Idade Média.

Bebidas

Hoje em dia nós contamos com sofisticados sistemas de tratamento de água para podermos tomá-la. Naquele período, nada disso existia, por isso, beber água era mais complicado do que parece. Os rios não eram tão poluídos, porém também não eram limpos, principalmente aqueles que ficavam no meio das cidades. Devido a esse problema, água potável e boa era um item raro. Além disso, era de conhecimento popular que água pura era ruim para a digestão.

Somando esses fatores, muitas pessoas simplesmente desistiam de beber água e como não existiam refrigerantes naquele tempo, a bebida oficial era a cerveja e o vinho. Era mais do que normal as pessoas tomarem bebidas alcoólicas junto com as refeições ou a qualquer hora. A verdade é que todo mundo estava sempre bêbado, nem que fosse um pouco.

Prisões

Antigamente existiam muito menos leis do que atualmente, mesmo assim não era incomum que pessoas acabassem sendo presa. Por isso, os castelo costumavam contar com celas, que mais pareciam jaulas para os criminosos que não tivessem sido mortos pela guarda que os prendeu.

Uma pessoa presa, muitas vezes, não tinha direito a julgamento ou nada parecido. Ela era jogada na cela e não recebia comida, nem água direto. Naquele tempo, era coisa normal um prisioneiro morrer de sede ou fome. Visitas de parentes ou passeios para pegar Sol não eram cogitados. Tudo que restava para o prisioneiro era torcer para receber água e comida o bastante para não morrer e aproveitar o tempo dentro de um buraco na pedra.

Conceito: Idade das Trevas, Século XV;

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Conceitos e Historia.

O fim das invasões bárbaras na Europa, trouxe certa paz ao continente. Do período que vai do século XI ao XV, o sistema feudal de exploração de braços humanos entrou em decadência devido aos avanços no setor agrícola, como a invenção do moinho hidráulico, que facilitava a irrigação, e a atrelagem dos bois nas carroças, o que possibilitou viagens com mais carga e, consequentemente, aumento na produção.

Com as inovações tecnológicas no setor agrícola, as terras dos feudos passaram a ficar pequenas demais para uma população que só tendia a crescer. Os habitantes dessas áreas rurais queriam expandir o comércio e lucrar mais através deprodutividade. A partir daí, os artesãos e comerciantes concentram-se próximos aos castelos, igrejas e mosteiros, desenvolvendo a atividade comercial. Essas pequenas concentrações deram origem aos primeiros burgos.

Entretanto, as Cruzadas influenciaram para que o comércio dos burguesses aumentassem. Quando os cavaleiros dominavam territórios islâmicos, chegavam a saquear produtos valiosos como joias, tecidos e temperos e os comercializavam no caminho. As expedições fizeram com que os muçulmanos abandonassem o território próximo ao Mar Mediterrâneo, beneficiando os burgueses da Itália, principalmente das cidades de Gênova e Veneza. No norte da Europa, regiões como Hamburgo e Dantzig também prosperavam na atividade comercial, formando uma nova classe social que iniciou a dinamização econômica.

O desenvolvimento comercial fez com que os moradores do campo migrassem para as cidades, contribuindo para a queda do sistema feudal. Na tentativa de manter os empregados nas terras, os proprietários ofereciam melhores condições de vida e até mesmo a possibilidade de pagá-los mensalmente com um salário.

Nas cidades, a ascensão da atividade comercial formou uma nova engrenagem social, o chamado capitalismo. Novas atividades foram surgindo, como a profissão de cambista, que tinham conhecimento do valor real da moeda e os banqueiros, que ficavam incumbidos de guardar grandes quantias de dinheiro.

Contexto Geral: Guerras e Mudanças.


Foi considerado de intensas mudanças, caracterizou-se por uma fase de grandes transformações, revoluções e mudanças na mentalidade ocidental, mudanças essas de ordem econômica, científica, social e religiosa, que balizaram o sistema capitalista.
As Primeiras Grandes Navegações, O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.

Também conhecida como Rebelião de Tyler, 1381, teve lugar durante a Guerra dos Cem Anos e não foi apenas a insurreição mais amplamente difundida e radical da história, como também a mais bem documentada rebelião popular da Idade Média. Os nomes dos seus principais líderes - John Ball, Wat Tyler e Jack Straw - ainda são lembrados embora pouco se saiba sobre eles. A revolta foi desencadeada em parte devido à introdução de um imposto pago por cabeça (poll tax) de um xelim por adulto, introduzido em 1377 como forma de financiar as campanhas militares no continente - uma continuação da Guerra dos cem anos, travada por Eduardo III.

A Revolta camponesa de 1381 foi uma das numerosas revoltas populares da Baixa Idade Média, na Europa, e um dos principais eventos da História sob o feudalismo. Marca o começo do fim da servidão no país, com a luta por reformas e pelos direitos dos servos. Desde Eduardo II, que a população de camponeses foi massivamente treinada no manuseamento do arco longo e da besta, possuindo assim os meios necessários para executar ações militares.

Com a queda do Imperio Bizantino em 1453, diante das expanções do Turcos e Otomanos, invasões otomanas ocorridas em Galípoli (1354); Adrianópolis (1362); Constantinopla (1422); Tessalônica (1430), sem obter êxito; e novamente em Constantinopla (1453). Aos poucos os grandes senhores feudais perdiam influencia e poder com O Absolutismo foi o sistema político e administrativo dos países europeus, em suma, o soberano centralizava todos os poderes do estado em suas mãos e os utilizava a revelia de toda sociedade. A corte dos Lords Enfraquecia em influencia. De partida, podemos localizar a formação do absolutismo durante a constituição e fortalecimento das monarquias nacionais.

Henrique IV de Inglaterra põe fim a uma rebelião dos seus barões. Em com junto com outros monarcas que ascenderam ao tronos.

Fome e peste (Crise do Século XIV)

Doentes de Peste negra. (c. 1272–1352).

Os primeiros anos do século XIV são marcados por várias carestias, que culminariam na Grande fome de 1315-1317. Para além da transição climática abrupta do período quente medieval para a pequena Idade do Gelo, as várias carestias são o resultado de uma especialização excessiva em monoculturas, que deixaram a população vulnerável às devastações causadas por condições meteorológicas desfavoráveis.

No seguimento destas catástrofes, surge em 1347 a Peste Negra, uma epidemia altamente contagiosa e mortal que se disseminou por toda a Europa entre 1348 e 1350. A cifra de mortes é estimada em 35 milhões de pessoas, cerca de um terço da população, e atingiu sobretudo as cidades em virtude da elevada concentração populacional. Grandes porções do território ficaram inabitadas e os terrenos abandonados. Em função da escassez de mão de obra, o preço dos salários na agricultura subiu significativamente, o que, no entanto, seria contrabalançado pela queda abrupta da procura de géneros alimentares. A luta por salários iguais por parte dos trabalhadores urbanos esteve na origem de uma série de revoltas populares por toda a Europa, entre elas a Jacquerie em França, a revolta de 1381 em Inglaterra, e várias revoltas nas cidades de Florença, na atual Itália, e Gent e Bruges, ambas localizadas na atual Bélgica. O trauma infligido pela peste provocou um fervor religioso por toda a Europa, que se manifestaria na fundação de novas caridades, na culpabilização extrema dos flagelantes e na acusação dos Judeus como bodes expiatórios. A peste regressaria, ainda que esporadicamente e em surtos menores, ao longo de todo o século XIV.

Sociedade e economia


As deslocações e diminuição da população em consequência da peste reflectiram-se em toda a estrutura social e económica europeia. As terras pouco produtivas foram abandonadas, uma vez que os sobreviventes puderam adquirir terras mais férteis. Embora a servidão tenha diminuído na Europa ocidental, tornou-se mais comum na Europa de leste à medida que os senhorios a impunham nos inquilinos anteriormente livres. Muitos dos camponeses no Ocidente puderam converter o pagamento em trabalho para uma renda monetária. A percentagem de servos entre os camponeses desceu de um máximo 90 % para 50 % em finais da Idade Média. Os senhorios tornaram-se também mais conscientes de interesses em comum entre si, agrupando-se de forma a exigir mais privilégios dos governos. A literacia tornou-se mais comum fora do clero e a população urbana começa a demonstrar interesse pela cavalaria, à semelhança da nobreza.

As comunidades judaicas foram expulsas de Inglaterra em 1290 e de França em 1306. Embora a alguns tivesse sido permitido regressar, à maioria não foi, tendo emigrado em direção a leste para a Polónia e Hungria. Os judeus expulsos de Espanha em 1492 dispersaram-se pela Turquia, França, Itália, Holanda e Norte de África. O assinalável crescimento da banca em Itália durante os séculos XIII e XIV foi em parte motivado pela necessidade de financiamento dos constantes conflitos bélicos deste período e pela necessidade do papado em transferir dinheiro entre reinos. Muitas das instituições financeiras emprestavam dinheiro à realeza com riscos acrescidos, tendo muitas entrado em bancarrota quando os reis não saldavam as dívidas.

Académicos, intelectuais e descobrimentos


Reunião de doutorados na Universidade de Paris John Duns Scotus 1308) e Guilherme de Ockham lideraram uma das mais notáveis reações contra a escolástica medieval, rejeitando a aplicação da razão na fé. Os seus esforços, aliados aos de vários outros autores, levariam à renúncia do ideal platónico do "universal". A persistência de Ockham em que a razão opera de forma independente da fé permitiu à ciência separar-se em definitivo da teologia e filosofia. O Direito pautou-se pelo avanço sólido do direito romano em áreas de jurisprudência anteriormente governadas pelo direito consuetudinário. A única exceção foi a Inglaterra onde prevaleceu o direito comum. Vários países fizeram um esforço no sentido de codificar as leis, tendo sido promulgados códigos jurídicos em estados tão diversos como Castela, Polónia e Lituânia.

A educação permanecia ainda direccionada ao futuro clero. A aprendizagem básica de letras e aritmética podia ser feita na própria província da família ou através do clero local, mas os assuntos secundários do trivium — gramática, retórica e lógica — eram estudados nas escolas catedrais presentes nas grandes cidades. Difundiram-se também as escolas comerciais, chegando algumas cidades de Itália a ter mais do que um destes empreendimentos. Durante os séculos XIV e XV apareceram também uma série de novas universidades por toda a Europa. Surgem grandes autores da literatura vernacular, como Dante, Petrarca e Giovanni Boccaccio na Itália do quattrocento, Geoffrey Chaucer e William Langland em Inglaterra e Cristina de Pisano na França. A literatura continuou a ser sobretudo de natureza religiosa, mas embora muitas destas obras continuassem a ser escritas em latim, aumentou a procura de textos que se debruçassem sobre santos e outros temas religiosos em línguas vernaculares. No teatro, surge o género de peças miraculosas patrocinadas pela Igreja. A invenção da prensa móvel por volta de 1450, trouxe consigo a democratização e facilidade na impressão de livros, e deu origem a inúmeras editoras em toda a Europa. A percentagem de alfabetizados cresceu, embora continuasse baixa; as estimativas apontam para que por volta de 1500 a taxa de literacia fosse de apenas 10 % entre os Homens e 1 % entre as mulheres.

Durante o início do século XV, os reinos da Península Ibérica começaram a financiar explorações além das fronteiras da Europa. O Infante D. Henrique de Portugal (1460) foi o impulsionador de expedições que viriam a descobrir as Ilhas Canárias, Açores e Cabo Verde ainda durante a sua vida. Em 1486, Bartolomeu Dias navegou ao longo da costa ocidental africana até ao cabo da Boa Esperança, ponto de difícil passagem que seria superado em 1498 por Vasco da Gama (1524), abrindo assim a rota marítima para a Índia. Os reinos de Aragão e Castela financiaram a viagem expedicionária de Cristóvão Colombo que em 1492 viria a descobrir a América. A coroa inglesa, na figura do rei Henrique VII (1485–1509) financiou a viagem de Giovanni Caboto (1498), que em 1497 chegaria à ilha de Cape Breton.

Progressos tecnológicos

O uso crescente de ovelhas com lã de fibras longas permitiu a obtenção de fio com maior resistência. As rocas de fiar tradicionais foram progressivamente substituídas por rodas de fiar, triplicando a sua capacidade produtiva. Um dos avanços técnicos com maior impacto na vida quotidiana foi a introdução de botões para fechar as peças de roupa, permitindo a criação de peças com corte adequado sem a necessidade de as atar.

Os moinhos de vento foram melhorados com a implementação de torres giratórias em função da direção do vento. O alto-forno aparece na Suécia por volta da década de 1350, melhorando a qualidade do ferro e aumentando a capacidade de produção. A primeira lei de patentes, criada em Veneza no ano de 1447, passou a proteger os direitos dos inventores.

Arquitetura e arte no século XV


Ilustração do livro de horas Les très riches heures du duc de Berry, século XV a arte do fim do período medieval na generalidade da Europa contrasta com a arte italiana do mesmo período. Enquanto que em Itália o contexto artístico mostrava já sinais de que se preparava o Renascimento, no norte da Europa e na Península Ibérica manteve-se o gosto e a preferência pela estética gótica praticamente até o fim do século XV, culminando na exuberância e complexidade características do gótico internacional. A encomenda de arte secular aumentou significativamente em quantidade e qualidade, muito impulsionada pelo patronato das classes mercadoras da Itália e Flandres, fazendo encomendas de retratos de si próprios em óleo e comprando imensa joalharia, cofres, arcas e majólica. Entre os objetos muito apreciados e encomendados encontrava-se também a cerâmica mourisca produzida pelos ceramistas mudéjares em Espanha. Embora entre a realeza prevalecesse o gosto por peças de prata, são poucos os exemplares que sobreviveram até aos nossos dias, como a Taça de Santa Inês. O desenvolvimento da manufatura de seda em Itália veio tornar a Europa menos dependente das importações do Império Bizantino ou do mundo islâmico. Na França e na Flandres, os conjuntos de tapeçaria como a A Dama e o Unicórnio tornar-se-iam num dos mais cobiçados objetos de luxo.

As complexas gramáticas decorativas do alto gótico, até aí visíveis sobretudo no exterior dos templos, são progressivamente adaptadas a vários elementos do interior, sobretudo em túmulos e púlpitos, como o Púlpito de Santa Andreia em Pistoia. Os retábulos pintados ou de madeira entalhada tornam-se comuns, sobretudo à medida que se começa a criar capelas laterais nas igrejas. A própria pintura flamenga dos séculos XV e XVI, através de artistas como Jan van Eyck (m. 1441) ou Rogier van der Weyden (1464), rivaliza em qualidade com o próprio quattrocento italiano. Os manuscritos iluminados e os livros de temática secular, sobretudo contos, começam a ser coleccionados em larga escala pela elite no século XV. A partir de 1450 e ainda que caros, os livros impressos tornam-se extraordinariamente populares, havendo já cerca de 30.000 incunábulos impressos no ano 1500. A impressão tornou também obsoleta a iluminura, fazendo destas obras, no século XVI, um objeto com valor meramente artístico e encomendado apenas pela elite. Embora as pequenas xilogravuras, quase sempre de temas religiosos, fossem acessíveis até a camponeses, as gravuras eram mais caras e destinadas a um mercado mais abastado.

SÉCULO XV

A Idade Media teve início com o fim do Império Romano provocada pela chegada dos chamados povos bárbaros na Europa e durou praticamente 1000 anos, (476-1453).

No início deste período os bárbaros espalharam o terror, atacando cidades, saqueando e por fim se estabelecendo e se misturando aos povos nativos dando origem aos atuais povos e paises europeus. E da mistura da língua falada no Império Romano (o latim) com as línguas faladas pelos bárbaros (o anglo, o saxão, o germânico, o visigodo, etc.) surgem as atuais línguas européias: o francês, o inglês, o alemão, etc. Como estas invasões, por sua vez, duraram muitos séculos, na Europa se construíram muitos castelos fortificados que protegeriam os europeus dos invasores. As pessoas passaram a viver em torno destes castelos praticando uma agricultura e artesanato para a própria subsistência.

A sociedade feudal ficou assim constituída:

• Senhores feudais (nobres) proprietários dos feudos, isto é, dos castelos e terras ao seu redor e eram também militares responsáveis pela defesa destas terras.

• Clero eram os religiosos pertencentes a Igreja Católica que também possuíam feudos e realizavam os cultos religiosos e a preservação da cultura vinda da Antiguidade, já que dentro de seus conventos transcreviam a mão os livros e conhecimentos antigos e praticamente eram os únicos com domínio da leitura, escrita, matemática, filosofia.

• Os servos cultivavam as terras e entregavam parte de sua produção ao senhor feudal em troca da proteção militar e uso do solo, servos começam a receber salários em troca de serviços.

• Ainda permanecia uma sociedade estamental, isto e, cada individuo estava preso ao seu status, sem possibilidade de mudanças.

• Isabel da Lorena, duquesa da Lorena (m. 1453). Mulheres que antes apenas podiam se casar e terem filhos e não podiam assumir posições entre a corte dos nobres, então ela assume.

• Controle estatal da economia.

• O metalismo que considerava rico o país que possuía ouro e prata.

• O pais que não possuísse ouro e prata deveria obtém-lo através do comércio garantindo uma balança de comércio favorável, vendendo mais do que comprando.

• O colonialismo, isto é, o país que não possuía em seu território o ouro ou prata ou produtos para serem comercializados poderia conquistar colônias para consegui-los.

• A criação de Companhias Privilegiadas que realizariam o comércio pelo mundo.

• Internamente os países deveriam se organizar para realizar o comercio internacional estabelecendo a moeda-padrão, sistemas de câmbio, instrumentos de crédito, sociedade por ações.

• Os reis, por sua vez, iniciam a cobrança de impostos sobre as atividades econômicas, o que lhes permite criar exércitos próprios, mantendo o monopólio da coerção física nos seus territórios. O poder real se torna absoluto chegando a ser justificado de origem divina.

• São organizados os poderosos Estados Nacionais, muito diferentes das frágeis monarquias medievais.

• A única instituição universal era a Igreja Católica, grande proprietária de terras e mantenedora da idéia chave da época: o teocentrismo (isto e, Deus como centro de tudo).

• Até meados do século XV, para a metrópole, a educação da mulher era considerada como desnecessária e vista com certo descaso

• A organização social durante o reinado de Luis XIV era baseada totalmente na distinção social; essa distinção era visível nos lugares que cada pessoa podia tomar nas igrejas, nas cerimônias etc.

• A desigualdade deveria ser tão aparente quanto possível e até mesmo os tecidos eram destinados exclusivamente a determinadas ordens. Nesse sentido, a seda era exclusiva dos nobres, a casimira aos burgueses, a sarja, o algodão e o linho aos artesãos, independentemente da riqueza de cada indivíduo.

• O aborto, o infanticídio e qualquer método contraceptivo eram proibidos pela Igreja – e ainda são. “Se uma mulher fornicou e matou o filho nascido deste ato, ou cometeu um aborto e matou aquele que tinha concebido, ou tomar poções para não conceber, seja no adultério como no casamento legítimo, os cânones precedentes (ou seja, anteriores) condenam esta mulher a ser privada da comunhão até à morte; mas nós decretamos, por graça, que estas mulheres e aquelas que as ajudaram no seu crime façam penitência durante dez anos”.

• Outro aspecto da realidade que foi aos poucos sendo controlado pelo direito da Igreja (ou, pelo menos, que a Igreja tentou controlar) foi o comércio e, principalmente, o seu elemento sustentador: o lucro.

• A Santa Inquisição foi se estabelecendo em diversos pontos da Europa, amparada pelos senhores e reis católicos. A sua tarefa foi, principalmente, julgar os hereges, ou seja, aquelas pessoas que interpretavam os ensinamentos cristãos de maneira diferente daquela que a Igreja pregava. Mas a Inquisição também julgava casos de adultério, incesto, bigamia, bruxaria, sacrilégio, usura e outros comportamentos considerados desviantes do ponto de vista da moral religiosa.

•  O sistema jurídico inquisitorial contribuiu para a racionalização do sistema penal no final da Idade Média e início dos tempos modernos. Embora fosse um sistema ligado à Igreja e ao “Sagrado”, o procedimento de investigação era bastante racional. Para começar, os processos eram todos registrados por escrito. Havia investigação, depoimentos de testemunhas e um sistema de provas muito sofisticado para a época. Por exemplo, o testemunho ocular de duas pessoas era uma prova plena e podia levar facilmente à condenação. Vários indícios podiam se tornar uma meia prova ou prova semiplena. Duas provas semiplenas podiam se tornar uma plena.

•  A invenção da prensa móvel por volta de 1450, trouxe consigo a democratização e facilidade na impressão de livros,

•  A educação permanecia ainda direccionada ao futuro clero. A aprendizagem básica de letras e aritmética podia ser feita na própria província da família ou através do clero local, mas os assuntos secundários do trivium — gramática, retórica e lógica — eram estudados nas escolas catedrais presentes nas grandes cidades. Difundiram-se também as escolas comerciais, chegando algumas cidades de Itália a ter mais do que um destes empreendimentos.

•  O uso crescente de ovelhas com lã de fibras longas permitiu a obtenção de fio com maior resistência. As rocas de fiar tradicionais foram progressivamente substituídas por rodas de fiar, triplicando a sua capacidade produtiva.
Enquanto que em Itália o contexto artístico mostrava já sinais de que se preparava o Renascimento,

Pontos Importantes:

1400
Conquista e destruição de Tetuão pelos Castelhanos.

1401
Cortes de Guimarães.
Casamento de D.Afonsoé conde de Barcelos e 1º duque de Bragança com D.Britesé filha do condestável D.Nuno Alvares Pereira: origem da casa ducal da Bragança.

1402
Lei proibitiva da exportação dos metais preciosos.

1403
Jeam Bettencourt reconhece a suserania de Henrique III de Castela sobre as ilhas Canárias.
É promulgada a primeira lei portuguesa contra a feitiçaria.

1404
Cortes de Lisboa.
D.João I concede ao genovês Giovanni de Palma privilégio para exploração de uma plantação de cana-de-açúcar no Algarve.

1408
Cortes de Évora.
         
1410
Cortes de Lisboa.
D.João I promulga um importante diploma sobre o imposto da dízima.

1411
Tratado de paz entre Castela e Portugal.
Primeiro alvar  para um engenho de papel nas margens do rio Lis em Leiria.

1412
Cortes de Lisboa.
D.João I associa D.Duarte ao governo e alivia a sua comparticipação nas tarefas de administração.

1413
Cortes de Lisboa.

1414
Cortes de Lisboa.

1414 (ou 1415)
Peste em Lisboa e no Porto.

1415
Morre em Odivelas D.Filipa de Lencastre.
Conquista da praça de Ceuta.
Utilização pela marinha portuguesa do barco denominado barinel.
Introdução do título de duque.

1415 (cerca de)
O Livro da Virtuosa Benfeitoriaé do Infante D.Pedro.

1415
Redacção do Livro da Montaria.

1416
Cortes de Estremoz.
Os mercadores de Lisboa obtêm um tratamento de favor para fretar os navios estrangeiros entrados no Tejo.
D.João I doa ao Infante D.Henrique a alcaidaria da cidade de Viseu.
D.João I concede ao infante D.Pedro  o castelo da cidade de Coimbra.

1417
Cortes de Lisboa.
D.João I manda organizar um Rol dos Besteiros do Conto.
1418
Cortes de Santarém.
Descobrimento da ilha do Porto Santo (Madeira).
Cria-se a diocese de Ceuta.

1419
Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal.

1420
O infante D.Henrique ‚ nomeado administrador apostólico da Ordem de Cristo.

1420-38
Redacção por D.Duarte do Livro da Ensinança de Bem Cavalgar toda a Sela e do Leal Conselheiro.

1422
Substituição da Era de César pela de Cristo.

1423
Epidemia que devasta Coimbra e arredores.

1424
Expedição às Canárias sob o comando de D.Fernando de Castro.
O papa reconhece o direito de Portugal ao domínio sobre as ilhas pagas do arquipélago das Canárias.
Começa a construção da actual S‚ de Vila Real.

1425 (?)
Início da colonização de Madeira.

1425
Fazem-se as primeiras navegações até ao mar dos Sargaços.

1425-28
O infante D.Pedro viaja na Europa.

1426
D.Fernando da Guerra reúne um concílio provincial em Braga para defender as liberdades eclesiásticas.

1427
Cortes de Lisboa.
Cortes de Santarém.
Descobrimento das ilhas açorianas do Centro e do Oriente.
Nova armada larga para as Canárias é capitaneada por António Gonçalves da Câmara.
D.João I faz uma concordata com o episcopado.

1428
Casamento de D.Duarte com D.Leonor de Aragão.
O infante D.Pedro traz de Veneza O Livro de Marco Polo.

1430
Início da ligação comercial com a Prússia.

1430-50
Redacção por Fernao Lopes das crónicas de D.Pedroé D.Fernando e D.João I.

1431
Tratado de Medina del Campo entre Portugal e Castela.
Morte de D.Nuno Alvares Pereira.

1431-32
Cartas régias assinadas pelo infante D.Duarte em nome do monarca.

1432
Tratado de paz com Castela.
Estabelece-se a indivisibilidade nos aforamentos perpétuos de bens da Coroa.
Nascimento de D:Afonso V.
Epidemia de peste.

1433
Morte de D.João I.
D.Duarte sobe ao trono.
D.Duarte faz doação das ilhas da Madeiraé Porto Santo e Desertas ao infante D.Henrique.
O infante D.Henrique obtêm o privilégio da pesca do atum e de todas as outras pescarias nos mares do Algarve.

1434
Cortes de Santarém.
Lei Mental.
A Casa do Cível tem já sede fixa em Lisboa.
Gil Eanes dobra o cabo Bojador.
É provável que o cartógrafo Jaime de Maiorca tenha vindo instalar-se em Portugal.

1435
Cortes de Évora.
Gil Eanes e Afonso Gonçalves Baldaia chegam à angra dos Ruivos.
Epidemia de peste.

1436
Cortes de Évora.
O papa Eugénio IV reconhece os direitos de Castela às ilhas Canárias.
Afonso Gonçalves Baldaia descobre o rio do Ouro e a Pedra da Galé.
Bula autorizando a guerra em Marrocos contra os inféis.

1437
Expedição a Tanger e derrota portuguesa.

1437-38
Epidemia de peste.

1438
Cortes de Leiria.
Morte de D.Duarte.
D.Afonso V sobe ao trono.
Regência de D.Leonor.
Oposição á regência de D.Leonor.
Cortes de Torres Novas.

1439
Cortes de Lisboa.
Regência de D.Pedro.
Início do povoamento do arquipélago dos Açores.
Privilégio concedido aos habitantes da Madeira no sentido de poderem exportar para a metrópole os produtos locais.

1440
D.Fernando de Castro comanda nova expedição às Canárias.
Tristao Vaz Teixeira ‚ investido no cargo de capitão-donatário de Machico (Madeira).

1441
Cortes de Torres Vedras.
Viagem ao Cabo Branco é na qual Gonçalo Afonso acompanha Nuno Tristão.
Data aproximada da chegada dos primeiros cativos negros à metrópole.
Primeiro moinho para o fabrico de pasta de papel (Leiria).

1442
Cortes de Évora.
D.Fernandoé 2º duque de Bragança é recebe o condado de Arraiolos.
Antão Gonçalves realiza uma viagem ao Rio do Ouro a resgatar cativos.
Dinis Dias na companhia de Gonçalo Sintraé teria reconhecido o cabo Branco e a Furna é tendo divisado tamb‚m os baixos de Arguim.

1443
Morte do infante D.Fernando é cativo em Fez desde o desastre de Tanger (1437).
D.Henrique funda a Vila do Infante.
O regente D.Pedro concede a D.Henrique o monopólio da navegação é guerra e comércio nas terras para além do cabo Bojador.
Nuno Tristão descobre as ilhas de Gete e Garças é ao sul do cabo Brancoé e possívelmente a de Arguim.

1444
Diogo Afonso é Antão Gonçalves e Gomes Pires realizam uma viagem ao Rio do Ouro.
Expedição de Lançarote às ilhas de Naar e Tider.
Dinis Dias descobre Cabo Verde e a ilha de Palmaé ou ilha de Bezeguicheé situada perto deste.
Viagem à costa da Guiné.
Bula em que Eugénio IV confere ao bispo D.Fr. João Manuel o título de primaz de Africa.

1445
Consumação da ruptura entre D.Afonsoé conde de Barcelos e 1º duque de Bragança é e seu irmão D.Pedro.
Morte da Rainha D.Leonor de Aragao.
Expedição a Cabo Verde é na qual participou Gil Eanes.
Alvaro Fernandes ultrapassa o Cabo Verde.
Descoberta dos Bijag¢sé na costa da Guin‚.
O infante D.Henrique inicia o aproveitamento do pastel.

1446
Publicação das Ordenações Afonsinas.
Cortes de Lisboa.
D.Afonso V atinge a maioridade e assume o governo.
Realizam-se três expedições á Guiné.
O infante D.Henrique doa a capitania da ilha de Porto Santo a Bartolomeu Perestrelo.

1447
Casamento de D.Afonso V com D.Isabel.

1448
Turvam-se as relações entre o regente é D.Pedro é e o sobrinho D.Afonso V.

1449
Batalha de Alfarrobeira e morte de D.Pedro e de Alvaro Vaz de Almada.

1450
A capitania do Funchal ‚ concedida a João Gonçalves Zarco.
Gomes Eanes de Azurara sucede a Fernao Lopes como cronista real

1450 (cerca de)
Crónica da Tomada de Ceuta é de Gomes Eanes de Azurara.

1450 (?)-92(?)
Pol¡ptico de S.Vicente de Fora.

1451
Introdução do título de marquês.
Cortes de Santarém.

1451-1460
Crónica do Infante Santo D.Fernandoé de Fr. João Alvares.

1452
Diogo de Theive descobre as ilhas de Flores e Corvo (Açores).

1453
Antoniotto Usodimare transfere-se de Sevilha para Lisboaé ficando ao serviço do infante D.Henrique.
Crónica dos Feitos de Guin‚é de Gomes Eanes de Azurara.

1455
Bula de Nicolau V declarando que as terras e mares já conquistados ou a conquistaré possu¡dos ou a possuiré pertenceriam para o futuroé e perpetuamenteé aos reis de Portugal é como propriedade exclusiva.
É fundada em Lagos a feitoria dos tratos de Arguim.
Viagens de Cadamosto.

1456
Cortes de Lisboa.
Cadamosto descobre ilhas do arquiélago de Cabo Verde (Boa Vista, Santiago, Maio e Sal).
Expedições ao Gâmbia e ao Geba.
O primeiro carregamento de acúcar madeirense chega a Bristol.

1458
Conquista de Alcácer Ceguer (Marrocos).
Epidemia de peste.

1458-1463
Crónica do Conde D.Pedro de Menezes é de Gomes Eanes de Zurara.

1459
Cortes de Lisboa.
Mapa de Fra Mauro que apresenta a Africa rodeada pelo mar Oceano.
A capitania do Funchal ‚ entregue a João Gonçalves Zarco.

1460
Cortes de vora.
Nas Cortes de Licoa os povos protestam contra as largas doações á nobreza de D.Afonso V.
Morte do infante D.Henrique.
António da Noli descobre algumas das ilhas de Cabo Verde.
Gonçalo Velho ‚ investido no cargo de primeiro capitão-donatário das ilhas da Santa Maria e São Miguel (A‡ores).

1462
Inicia-se o povoamento da ilha de Santiago (Cabo Verde).

1463
É transferida de Lagos para Lisboa a feitoria dos tratos de Arguim.
Navigazione..é de C… da Mosto.

1464
Expedi‡ao de D.Afonso V à serra de Benacope (Benagorfate) é no Norte de Marrocos.

1465
Cortes da Guarda.

1466
D.Afonso V concede aos habitantes das ilhas de Cabo Verde  trato das partes da Guiné.

1468
Cortes de Santarém.
Ataque português a Anafé em Marrocos.
Josse Van Huertere obtêm a capitania da ilha do Faial (Açores).

1469
Contrato firmado entre D.Afonso V e o mercador Fernao Gomes relativo ao comércio da Guiné.
Peste em Lisboa.

1470
Nuno Gonçalves pinta um retábulo para a capela do Paço de Sintra.

1471
Cortes de Lisboa.
Tomada de Arzila.
Abandono de Tânger pelos Mouros.
Descoberta das ilhas de Fernao do Pó, Sao Tomé  e Príncipe e Ano Bom.
João de Santarém e Pêro Escobar descobrem
Nuno Gonçalves  encarregado de pintar as obras da cidade de Lisboa.

1472
Cortes de Coimbra.
D.Afonso V doa a cidade de Anafé a D.Joãoé 2º duque de Beja e de Viseu.

1472-73
Crise cerealífera.

1473
Cortes de Coimbra.
Contrato matrimonial entre D.João II e D.Leonor.

1474
Paz de Alcáçovas.
D.João II passa a dirigir a política atlântica.
Carta de Paulo Toscanelli.
A capitania da ilha de São Miguel (Açores) ‚ vendida a Rui Gonçalves da Câmara.

1475
Cortes de vora.
D.Afonso V delega em seu filho o poder antes de seguir para Castela, na defesa  dos direitos da Beltraneja.
Fernão Teles ‚ autorizado a fazer explorações a ocidente do Atlântico.
Introdução do título de barão.

1476
Cortes de Lisboa.
Batalha de Toro.
Partida de D.Afonso V para Françaé em busca de socorro para a sua política contra Castelaé ficando o pr¡ncipe D.João no governo do reinoé como regente.
Introdução do título de visconde.

1477
D.Afonso V volta a Portugal e reassume o comando.
Cortes de Montemor-o-Novo.
Elabora-se um primeiro esboço de contas públicas e de orçamento

1478
Cortes de Lisboa.
Uma frota castelhana ‚ tomada na Mina por uma frota armada portuguesa.
Chegam a Rouen carregamentos de açúcar da Madeira.

Ageu337
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