[World of Darkness] Caçadores Caçados
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2.0 – A Ruína dos Deuses

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Mensagem por Ageu337 Ter Jan 15, 2019 7:59 pm

Num jogo onde a Escolha guia o Caminho do Desperto, isso significa muita coisa. Eles possivelmente tinham sérios conflitos com o próprio Avatar (o que, nas regras, dá para ao pobre personagem, sempre, problemas para realizar mágikas), mas ainda assim, quando eles descobrem quem eram, podem escolher não se render às escolhas que havia feito em outra vida – escolha é a palavra chave. Aqueles que jamais escolherem seguir impulsos destrutivos, reescrevendo seu próprio Caminho. Se mesmo na vida real nossas escolhas são poderosas, que dirá num jogo de RPG baseado na Vontade que é capaz de moldar o universo.

2.0 – A Ruína dos Deuses Nefandi


Cosmologia

Ao contrário do que muitos jovens místicos acreditam, as Tradições e a Tecnocracia não são as únicas facções que importam na Guerra da Ascensão. É possível que nenhuma delas sequer seja a mais poderosa nesta guerra. Talvez a facção mais poderosa seja a daqueles que decaíram e venderam suas almas a lordes misteriosos de outros mundos, A facção dos Nefandi, exatamente, mundos decaiados e fragmentados, anteriormente descritos, criações feitas pelos outros seres do Vazio, a Corte do Silencio, entidades tão antigas quanto Absoluta.

Os Nefandi são mais numerosos do que outros místicos pensam, mantém contatos mais extensos com grupos sobrenaturais do que qualquer Tradição ou Convenção e possuem numerosos servos espalhados e infiltrados nas mais diferentes facções e organizações humanas ou místicas. Mais ainda, eles são quase sempre subestimados pelos seus inimigos, que os vêem como um grupo fraco, só porque não conseguem ver a força dos Nefandi que está oculta nas trevas.

Os Nefandi: A Ruina dos Deuses


Enquanto os magos, também conhecidos como Despertos, são Ascencionistas, seguindo o caminho da Ascenção e iluminação pessoal guiados pela base de suas crenças devemos observar que até mesmo estes protegonistas tem seus antagonistas, conhecidos como Nefandis, dos quais vamos falar a seguir, destrinchando também um pouco mais sobre os trechos do mito blasfemo Renascentista dos Nefandi, entercalando enquanto é contada em partes o resumo da história dos mesmos – o que deve nos auxiliar a compreender porque os mesmos passaram a existir, de onde eles vieram e qual a o Significado da ideologia da Descensão. Isto certamente os torna inimigos mais profundos, e como tal, mais perigosos enquanto antagonistas.

E os mundos Eclodem.

Não seria estranho começarmos pelo começo, então devemos retornar a uma era muito antiga... Na escuridão primordial, as emanações se contorciam. Algumas esmaeciam em meras sombras de sua antiga glória. Outras se partiam, girando mundos que passavam a ser. Após esses mundos, as matizes de novos deuses nascidos gritavam nos céus em ebulição. Bem acima dos mundos infantes, eles batalharam. Aqueles que venceram estabeleceram domínios, contorcendo o potencial bruto em forma e função, o que não seria diferente da "Criadora". Os perdedores escureciam os céus ou alimentavam fornalhas no chão da criação.

Montanhas subiram e caíram em instantes. Lagos de fogo queimaram os céus. Tufões vasculharam as cinzas e as enchentes subiam para lavar tudo. Os elementos tomaram forma, amarrando a imortalidade no lugar e tornando todas as coisas perecíveis. Onde antes era o vazio da inexistencia e ausencia de criação, os Mundos rolaram dentro e fora da substância. Alguns duraram éons (na contagem de tempo humana), enquanto outros morreram dentro de dias ou mesmo de horas. Alguns mundos nunca conheceram o toque da Luz; nestes enegrecidos esferas e planos, o fogo não manchou a profundeza primordial. Outros mundos foram consumidos pelas chamas, e arderam eternamente para os prazeres de seus patronos. Mesmo agora, aqueles sóis flagelados giram no firmamento, iluminando outros reinos com sua vigilância incandescente. "A Criadora", não foi diferente, falhando milhares de vezes em sua criação e a descartando na imensuravel vastidão do vazio e da inexistencia, o que para muitos seria surpresa, isso durou milhares de eras incontaveis.

Mas mesmo em suas maiores vitórias, o Fogo não podia prevalecer sempre. Com o passar da luz do dia, o caos voltou e as marés altas subiram. Os reinos de fogo queimaram negros no tempo, e o Vácuo aguardava seu retorno. Sempre houve conflitos entre as Trevas e a Luz. A era do potencial bruto tinha passado, mas o Vácuo sempre esteve lá, antecipando a queda da noite e o retorno do silêncio. E dentro do Vázio, dançava a Absoluta, A Criadora, resplandecente em Sua alegria, ela era acima de tudo, acima de todos os antigos que existiam na imensidão do eterno vazio, A Absoluta criou e o universo existia por era a sua vontade, acima de todos os antigos e de todos os deuses, existia Ela.

Presas na criação da Absoluta, durante infinitas eras eles finalmente perceberam a Grande Obra-Prima, quando finalmente puderam perceber a canção que existia dentro do coração da humanidade, fecharam os olhos e a ouviram, as emanações mais sombrias sorriram. Elas, também parte do vazio e da escuridão, ouviam algo, queimando forte e vivido, a humanidade havia recebido um poder acima de tudo aquilo que existia, poder que superava os antigos que existiam no vazio, um poder que somenta a Abosluta tinha, eles conseguiam ouvir Música dos Versos da Absoluta no coração dos homens.

Dentro do Mundo Criado por Ela, estavam criaturas que haviam ficado presas, algumas tentando controlar a criação Dela, outras tentando reinar, outras torturando a criação, mas inevitavelmente elas percebiam que a criação sempre dava um jeito, sempre sobrevivia e conseguia se sobressair sobre os sombrios vazios, até mesmo durante a terrivel era mítica de sofrimento nada conseguir abalar a criação ou destrui-la, ela sempre se perpetuava, ela sempre sobrevivia, ela sempre se mantinha livre. A Obra-Prima da criadora sofria muito enquanto tentava trilhar seus passos, então os seres mais obscuros do vácuo sorriram e viram uma oportunidade, enquanto alguns olharam para a humanidade e decidiam guia-los outros tiveram uma ideia – deturpar aquele poder, constrola-lo, escraviza-lo e destruir a criação, libertando-se finalmente do universo criado pela Absoluta para retornarem a imensidão do Vácuo.

As Origens.

Infelizmente, os Nefandi não buscam Ascensão. Eles querem apenas decadência e buscam entregar nosso mundo aos seus lordes sombrios. Corrupção e destruição não são apenas suas armas, mas sua filosofia também.
Os Nefandi originaram lendas e histórias de adoradores de demônios e de feiticeiros malignos que atormentam o homem. Eles são isso e muito mais: são a representação perfeita do que há de pior na humanidade.

Não há uma origem definida para os Nefandi. Sempre houve no decorrer da história aqueles seres humanos que foram seduzidos por orgulho e cobiça ou que se venderam a seres sombrios de outras dimensões.
Esses magos corruptos surgiram de centenas de grupos místicos sombrios. Nos princípios da Guerra da Ascensão, eles eram chamados apenas de Infernalistas. Agora, porém, esses "Infernalistas" agem em conjunto.
Não que os Nefandi sejam um grupo unido e organizado. Apesar de terem coisas em comum, cada grupo de Nefandi, ou mesmo cada Cabala deles, é um grupo distinto, e esses grupos podem acabar atacando uns aos outros. Para a visão de forasteiros, porém, é como se as legiões de Decaídos fossem uma fileira unida e organizada, devido às semelhanças que todos esses pequenos grupos de Nefandi possuem em comum.

Porém os primeiros relatos relembram as Eras Místicas em que a humanidade sofria os horrores diante dos senhores vampiricos que faziam carnavais de sangue em festas e submetiam as pessoas a se tornarem gado, comida e sacrificio. Os primeiros rumores também remetem aos "Os reis-ferais que devoravam os homens", outros também relembram o olhar ardente dos "deuses-vivos" e dos antigos procuraram, purgar a humanidade, desencadearam a peste a dor e o sofrimento sobre a raça humana, estes espiritos e criaturas que se entitularam deuses-vivos, que sacrificavam seus súditos em honra a demônios inomináveis, assim como seguiram os "Anjos caidos", distorcendo e corrompendo o homem, torturando e estuprando as mulheres afim de seus experimentos.

Um homem então caminhou para a floresta em meio a noite afastando-se da fogueira, longe das chamas e dos olhares daqueles de seu grupo, vozes nas sombras então enromperam a primeira vez no mundo, onde a muito tempo elas desejavam alcançar, a dor o desespero a corrupção e a tristeza era um caminho para que a sua voz fosse ouvida dentro da realidade criada, então as vozes ofereceram presentes, e não punições, para aqueles que se voltassem para elas e matassem em seu nome, aqueles homens que dobravam seus joelhos diante de altares receberam grandes favores e verdades místicas.

Esse pacto começou com os mais corajosos, aquelas pessoas que abandonaram as confortáveis fogueiras pela noite aberta. Dando as costas para seus primos medrosos, esses párias falavam sozinho com a Escuridão. E às vezes a Escuridão respondeu… E às vezes eles voltaram para suas antigas fogueiras com segredos em suas mãos. Em terras selvagens, os renunciantes se isolaram nas montanhas e nas florestas. Nus perante os frios ventos, eles dançaram com prazer e sob a lua. Os demônios da floresta e os djinn das areias foram até eles e os ensinaram estranhas Artes de tessitura e transformação de formas.

O custo desses pactos foi surpreendente. Um bruxo-sacerdote abandonou toda a humanidade e mergulhou até a cintura no sofrimento. Ele esfolou bebês e jogou virgens aos touros no cio. Ele desenhou na própria carne usando espadas quentes de bronze e selou seus entes queridos em catacumbas esquecidas onde eles gritavam por suas vidas longe do subterrâneo. Às vezes ele tomava a Escuridão em sua alma literalmente: em Coifas labirínticas, os Devoradores dos Fracos transformaram-se de dentro para fora, invertendo cada boa paixão em um mal que tudo consome. Mas para essas dores (que logo se tornaram êxtases), um bruxo-sacerdote recebeu os Nove Segredos da Criação, e aprendeu a usá-los a seu favor. Como um aprendiz, ele deu a si mesmo um espírito como senhor ou amante; em troca, ele recebeu bênçãos que nenhum antigo era capaz.

Infelizmente, as mesmas grandes civilizações que derrubaram os pais dos pais dos Nefandi os ajudaram a ascender novamente. Enquanto as velhas religiões politeístas e animistas sempre souberam que o mal possuía muitas faces e nomes, as novas religiões monoteístas tentaram substituí-las. Ainda que as religiões monoteístas lhes atribuísse muitos nomes, seu arquétipo era o mesmo. Pequenos grupos dissidentes e pequenos cultos dispersos que sobreviveram se unificaram em torno da adoração de tal arquétipo. E como o deus dos livros sagrados das novas religiões monoteístas era muito inflexível, muitos que não conseguiam viver dentro dos novos caminhos religiosos passavam para o lado destes novos Infernalistas, ao mesmo tempo em que aqueles que perdiam sua fé ou se tornavam hereges também passava para o lado dos novos corrompidos, e suas fileiras passaram a crescer rapidamente.

No Oriente Médio, os Ahl-I-Najasa (Os Imundos) surgiam para tentar os estudiosos Batini a provar sua pureza, fazendo com que eles enfrentassem terríveis provações. Alguns falharam. Uma dinastia nefândica iniciou a Era do Rei-Demônio, um oásis negro no coração do deserto. As maravilhas sombrias de Sodoma e Bhât foram revisitadas, tesouros terríveis eram trazidos para essas cidades controladas por eles e se juntavam a novidades torturantes. As primeiras Coifas foram criadas (ou encontradas). O que são, ou de onde realmente vieram? Não se sabe, mas se sabe de seus efeitos: elas revertem, pervertem, invertem, destroem e reconstroem o próprio Avatar de um Desperto. E foi ai que o Mal ganhou seus piores defensores. Estes novos magos, cujos Avatares haviam alcançado um novo… estágio na Trilha da perversidade, escolheram para si o título utilizado pelos antigos cultos da cidade de Bhât. Eram os primeiros verdadeiros Nefandi.

No Império Romano, e depois de sua queda, o cristianismo e o poder da Igreja Católica criou uma sociedade polarizada. Jesus pregava a salvação, o amor e a paz, enquanto por toda parte havia caos, guerra e sofrimento – era muito fácil, por pequenos conflitos com a Igreja ou os religiosos que a compunham, ser declarado herege. Os Decaídos se aproveitaram: líderes, reis, governantes, novamente se voltavam aos demônios em busca de mais poder, principalmente quando tentavam se defender da regra daqueles tempos, onde ou se liderava, ou se era um servo. A Lei do Predador trouxe de volta a antiga lei do mais forte, e novamente, os seres do Vácuo sorriram.

Mas a culpa para que a decadência se espalhasse como um câncer não foi apenas dos monoteístas. Muitos povos pagãos, desesperados por serem declarados selvagens e hereges, se juntavam a turbas verdadeiramente corrompidas para combater a civilização. O caos estava de volta em todo o mundo.

Uma vez mais, magos de todos os grupos e facções varreram o mundo, caçando e matando os Nefandi. Em 613, a fundação do Islã marca o fim da Era do Rei-Demônio. Na Europa, a Ordem da Razão, na China os Wu-Lung, e grupos de magos do que viriam a se tornar as Tradições, todos procuravam caçar os servos mais dedicados dos Seres do Vácuo.

As Razões da Queda

Corrupção é o que cria os Nefandi. Cada Nefandus teve algum motivo para se tornar o que é, mas o processo é o mesmo: corrupção. Seus ideais se transformam, sua moral se inverte, e ele torna-se uma versão sombria do que foi. Muitos buscam o caminho da decadência em busca de poder. Outros querem conhecimento ou vingança, ou não se importam com os meios para adquirirem o que querem. Não importando o que eles desejam, os Lordes Sombrios dos Nefandi irão enganar o decadente e fazê-lo imaginar que precisa do apoio dos Lordes. Cedo ou tarde, o corrompido se vende a esses seres negros. Quando um novo Nefandus já está corrompido a serviço dos Lordes Sombrios, ou quando se acha que ele está pronto para o Renascimento, é hora dele provar sua lealdade, submetendo-se ao Renascimento Nefândico.

As Esferas Destrutivas

Para os magos, a mágica é uma fonte de criação, a forma de se expandir sua mente, de Ascender. Os Nefandi, porém, vêem as coisas de forma diferente. Eles não querem Ascensão: o que desejam é apenas Decadência, entropia, destruição. A compreensão sombria das Esferas deu origem aos Qlippothim, ou "anti-Esferas." Na visão Nefandi, cada Qlippoth representa um aspecto negativo da realidade, aquilo que anula um dos nove aspectos positivos, gerando o Nada. Quando todo o universo tiver sido reduzido a Nada, então a missão Nefândica estará completa.

Note que o Qlippothim não são "magia negra". Nada disso. Os Qlippothim são pura destruição, o lado negativo da mágica. Nem mesmo todos os Nefandi seguem os ideais Qlippóthicos. A maioria dos Nefandi que usam as Esferas Qlippoth pertencem à facção Malfeana — os servos da Wyrm, embora muitos K’llashaa e Forasteiros também utilizem os Qlippothim. Os demais Nefandi, sobretudo os Infernalistas, — aqueles que querem miséria, mas não total destruição — evitam usar os Qlippothim.

O Plano Nefandi...


Guidados pelo seus senhores sombrios, os tolos humanos foram deturpados pelos seres do vazio. Os auto denominados Nefandi querem o retorno de tudo para a gosma primordial que existia antes da Criação. Há coisas terríveis presas fora das muralhas da nossa confortavelmente realidade formada, e elas odeiam a luz de nossa inspiração, odeiam a criação, odeiam o poder da Absoluta e odeiam seu mundo criado ao qual havia os aprisionado. Se um Nefandi encontrar uma real comunicação com o Oblívio, nós estaremos em problemas.
Ageu337
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