[World of Darkness] Caçadores Caçados
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1.8 – Lobisomens: A Litania

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Mensagem por Ageu337 Ter Jan 15, 2019 7:35 pm

Notas: Nesse contexto aprende-se as relações dos lobisomens com os humanos nas eras místicas até a era moderna, seus costumes, culturas, lendas e formas de ver o mundo, assim como a maneira em que eles afetaram o mundo e mudaram bruscamente divisões de territórios inteiros ao redor do mundo das Trevas e da forma de influencia no mundo espiritual. Seu percorrer ao longo da historia leva a extinção da raças, redução de território e influencia, além de uma posição no mundo ao qual eles passam a ser considerados os "Verdadeiros Defensores de Gaia", ou melhor, auto-intitulados. Esqueça tudo que sabe e que acredita sobre lobisomens, eles não dependem da Lua cheia para se transformar, nem mesmo é uma maldição passada através da mordida, é algo hereditário, uma característica genética que pode ser herdada de pai para filho. Os mesmos vivem em tribos, afastados da sociedade humana, como grandes guerreiros e guardiões do mundo espiritual.

Cosmologia


1.8 – Lobisomens: A Litania Lobiosmem
http://blob.firecast.com.br/blobs/OFVUSGNC_759268/Werewolf.jpg

Ideia Principal

As três forças espirituais maiores do universo de Lobisomem: O Apocalipse são a Weaver, a Wyld e a Wyrm. A Wyld é a Criadora, a  força caótica que cria novas coisas. A Weaver, aquela que tramava a criação em padrões. E a Wyrm, aquela que destruía tudo, para que o equilíbrio fosse mantido. No entanto, a Weaver enlouqueceu e prendeu a Wyrm em seu casulo. A Wyrm perdeu o controle e mudou seu propósito: ao invés de buscar o equilíbrio, passou a buscar apenas a destruição. A Wyrm tem muitas faces e muitos agentes, e procura destruir Gaia, assim trazendo o Apocalipse. Para os lobisomens, isso não é uma lenda: é uma realidade viva e desesperadora, e eles lutam firmemente contra os propósitos da Wyrm.

Em muitas lendas a Wyrm teria enlouquecido e perdido seu real proposito como força de equilíbrio devido a um acontecimento que poderia ser encarado de muitas maneiras; uma delas foi que ela acidentalmente se enroscou e ficou presa em teias sem fim enquanto a Weaver tecia criação infinita, ou ela foi presa por essas teias, impedida de realizar seu proposito de manter o equilííbrio entre a criação constante e o que deveria existir, por fim, enlouquecendo e retornando como uma força destrutiva. No mundo das Trevas e principalmente nas Eras Místicas, os lobisomem idolatravam a Wyrm, no caso, deste período, os totens da Wyrm, eram totens extremamente poderosos, muito mais que qualquer outro totem espiritual que existissem. A Wyrm sendo então o mais poderoso dos totens de guerra daquela Era. Porém, muito dessa historia se perdeu durante o Grande Diluvio, como também a própria Wyrm se corrompeu e enlouqueceu. Nas Eras modernas dos 7 Avatares, Incarnas (Personificações da Wyrm), existentes no mundo quatro deles encontram-se corrompidos, um deles foi destruído e dois deles ainda mantêm sua "mente", estável, ao qual não sucumbiram a loucura assim como a Wyrm em si e mantêm-se fiel ao sentido de restaurar e manter o equilíbrio no mundo.

Segundo as Lendas Gaia Teria criado os lobisomens, antes os lobos possuíam apenas forma espiritual, assim como entidades do mundo astral, numa época pré-história antecessora a humanidade, através do poder dela e dos Celestinos que a serviam, eles teriam ganhado a Carne do Celestino Sol e a Pele da Celestina Luna, Gaia então teria juntado o espirito do lobo a carne e sua couraça, permitindo que o homem-lobo pudesse andar no mundo físico.

Conceito e Historia

Garou é um termo usado pelos lobisomens de Lobisomem: O Apocalipse para identificar sua raça e cultura. O termo é usado quase intercambiável com Nação Garou.
A palavra Garou vem do francês antigo garoul, que significa "lobisomem".

Na pele de um guerreiro nascido para matar e com a fúria como herança, o jogo aborda temas como a luta por sobrevivência, instinto, a luta contra um inimigo muito maior e cujo alcance se estende em direções desconhecidas e contra a corrupção, que corrói os corações e mentes de forma perturbadora. A ideia principal de Lobisomem é de que os Garou (lobisomens) foram criados para defender a Terra das forças cósmicas que ameaçam rasgá-la. Os Garou lutam contra a Wyrm, a destruidora. É uma luta contra dificuldades quase insuperáveis, especialmente considerando a rivalidade entre muitas tribos. Estas rivalidades tornam quase impossível para os lobisomens apresentarem uma frente unificado contra uma força cósmica que impregna a realidade.

Deste atoleiro de ódio e traição mútua, há pouca esperança de que os Garou possam emergir triunfantes contra um inimigo tão bem armado quanto a Wyrm. A Wyrm promete dinheiro, poder, sexo, e o que quer que os corações de seus seguidores desejam enquanto que os Garou não recebem recompensa por sua luta. Isso os leva cada vez mais fundo no desespero, ou na traição de modo que escolhem servir à Wyrm ao invés de combatê-la.

Impergium - A Época da Dor


Talvez um dos capítulos mais negros da história dos lobisomens juntamente com a Guerra da Fúria.

Eras Místicas, A Pre-Historia.

Num mundo antigo, anos antes das primeiras civilizações humanas surgissem, antes mesmo que os humanos pudessem chamar isso de "historia", nesta época pré-histórica os garous observando os humanos tiveram uma ideia de fornecer ajuda aos humanos, que na sua concepção ainda eram frágeis e sem conhecimentos. Nessa época os garous eram "puros" e ainda não se acasalavam com humanos.

Vendo que a terra era um local para todos como as leis de Gaia era nesta época, eles decidiram os ajudar em algumas questões. Isso varia de tribo para tribo, mas vamos citar uma em especifico que tem uma ideologia divergente a esta, os Garras Vermelhas; para eles, acreditam que, Gaia neste tempo foi enganada pela Wyrm que "usou" seu controle para mostrar aos garous que a reprodução com humanos era algo terrível e amaldiçoado pela wyrm. Os predadores agora se acasalavam com as presas e isso fazia sua "pureza" ir ficando cada vez mais rala... sua pureza enfraquecia e cada vez mais sua pelagem branca, que significava um sinal de poder e descendencia direta dos grandes primeiros Garou se tornava mais escurda.

Então a Wyrm gargalhou... Ela jogou uma estranha maldição no sangue humano que fazia com que cada vez que um predador mordesse um humano amaldiçoado, cada vez mais se transformariam humanos, porem com o tempo isso se perdeu ou aprenderam a controlar isso. Bom essa é uma versão contada por aqueles que guardam as antigas historias, embora, não queira dizer que seja verdade.

A Ascenção Humana.


Os Garous agora agiam como mantedores de humanos, assim como pastores com cordeiros controlando seus números e crescimento nessa época o controle de crescimento era a proibição ou não do acasalamento, algumas vezes separando as famílias para que não crescessem, colocando-os em acampamentos para assegurar tanto a segurança dos humanos como também para contabilizar o crescimento deles. Pois os lobos mesmo sabendo que os humanos fossem frágeis sabiam que eram fortes por sua sagacidade e fator de crescimento. Isso também se devia ao acontecimento passado, chamado de O Primeiro Assassinato.

Então o que é o Impergium? Porque esse tempo é conhecido como A Época da Dor? O primeiro assassinato (Não se refere ao assassinato ao qual Caim acometeu, mas sim a primeira vez que um humano havia matado um lobo), este, foi quando os predadores tiveram um chamado de gaia para que pudessem conviver com os humanos, visto que seus habitos eram parecidos, de viver em tribos e outras coisas... Certo dia uma loba deixou sua matilha e foi entrar em um rebanho humano, mesmo sabendo que era um pouco perigoso; ela viu um monte de terra e solo ao redor onde eles jogavam algo lá dentro... Eles jogavam os mortos lá dentro... Ela ficou aterrorizada ao ver isso e numa tentativa de fugir durante o sono foi capturada pelos humanos que a caçou com garras falsas e então a mataram e arrancaram sua pele.

Mas mesmo assim Gaia permitiu que os humanos vivessem e insistiu na convivência pacifica entre os lobos e os humanos, mas os lobisomens interpretaram que deveriam conviver com os humanos de forma diferente, "que deveriam conviver com eles, ao lado deles, comanda-los, controla-los, subjuga-los se necessário", e foi assim que foi interpretado, o que logo tomaria a forma de mata-los também.

Como os humanos se tornaram então um erro? Os garous acreditando que os humanos eram violentos e desequilibrados, decidiram lidar com eles com mão de ferro, passando então a assassinar e cometer graves violências com os humanos, tendo agora não uma convivência, mas literalmente comandando os humanos, seus trabalhos, suas crias e gerações, matando qualquer população que crescia além do limite que estabeleciam, sejam crianças, mulheres, homens, ou por qualquer ato que acreditassem ser indigno ou errado. Os humanos então passavam a ser criados em acampamentos, o que lembra "Campos de concentração", alimente, forma de caça ou estilo de vida era limitado e delimitado pelos Garou.

Ódio Lendário e o Delírio

O ódio pelos humanos é lendário "não seria redundante relembrar que com os Reis Ferais, o Homem aprendeu a Lex Praedatorius – a Lei do Predador – que simplesmente diz: “Há aqueles que devoram, e aqueles que são devorados”. A lição não seria perdida entre o Homem." Nessa época foi instalado um medo absurdo sobre os humanos que os lupinos tinham agora. Realmente foi tempos de um grande terror e horror para a humanidade, mas não terminou sem trazer consequências. (Uma Lembrança Amarga das Eras Místicas).

Anos de manipulação, violência e controle populacional sobre os humanos deram frutos no que seria um medo irracional contra um lobisomem que estivesse na forma Crinos, isso se deriva de uma psique quebrada e inconsistente de toda a massa humana. Os humanos tornam se catatônicos ou apenas fogem sem se lembrar exatamente do que viram. Um humano nunca se lembra do que viu ou sentiu na presença do Crinos. Ainda que seja um remanescente de memorias tristes, hoje o delírio funciona como uma benção para os Garou que a usam para se proteger dos humanos e até mesmo para que aqueles tempos, essa depressão memorial funciona tão forte que até mesmo os mais resistentes a esta visão mesmo ao ver uma foto de um garou na crinos irá rejeitar a foto ou pensar que é um tipo de fraude.

Por fim, são poucas as historias conhecidas sobre o impergium e sua época, claro ainda existe a visão de cada tribo sobre o impergium.

No Tempos Modernos, ainda assim, esse ódio tem crescido aos pulos e saltos nestas noites de assassinatos de lobos do Alaska e destruição de florestas; alguns acreditam que os humanos devem ser varridos da face de Gaia completamente. Outros são mais contidos, pensando que voltar à prática de abate seria o suficiente. Uns poucos humanos vivem pacificamente perto dos territórios dos Garou, prestando respeito à terra. Ainda assim nar Eras Modernas, algumas Tribos Garou, principalmente Garras Vermelhas, legalizam um Impergium particular contra os humanos que se aproximam de suas terras protegidas. As mortes muitas vezes são rápidas, mas os Garras Vermelhas mais jovens têm mais prazer nas mortes do que seus anciões acham prudente. Crueldades e tortura ritual que rivaliza com os Dançarinos da Espiral Negra são certamente o toque da Wyrm. Alguns, são capazes até mesmo de violaram a Litania que diz - "Não Comerás a Carne dos Humanos." A maldade de atividade tão desnecessária certamente tenta a Wyrm e os anciões da tribo assistem seus jovens estudantes mais e mais cuidadosamente nas noites modernas.

A Guerra da Fúria

A Guerra da Fúria mostra um aspecto importante do Clássico Mundo das Trevas, que é o do desespero e da incerteza. Mas também mostra que a redenção é possível. Será que os antigos pactos de amizade podem ser reforjados antes do Apocalipse?

Uma imensa guerra entre os "lobisomens e os Fera (Metamorfos do Oriente e demais raças metamorficas", a Guerra da Fúria foi um evento marcante no universo de Lobisomem: O Apocalipse. Levando diversas raças metamórficas à extinção ou muito próximas dela e fazendo com que os Fera restantes se escondessem ressentidos, a guerra tem um começo e motivo difíceis de discernir. No entanto, as outras raças metamórficas apontam os Garou como os carrascos e agressores. Invejosos dos dons de seus irmãos e extremamente orgulhosos, os lobos exigiam o conhecimento de todos os Dons e a liderança entre todas as raças. Tomaram para si os lugares sagrados, destruíram tudo em seu caminho e não olharam para trás. Como resultado da Guerra da Fúria, muitos espiritos poderosos e patronos tornaram-se estes então Guias, Patronos e Totens dos Garou, ao qual venciam as batalhas, passando assim para eles seus dons ou os ensinando, enquanto após as vitorias cada vez mais eles se "auto-declaravam", verdadeiros Protetores de Gaia.

Talvez o fato mais triste na guerra toda seja o de que isso moldou a forma como alguns Fera se relacionam com o mundo – ou como sociedades inteiras, no caso dos Ratkin. Raças como os Ápis, homens-auroque, se sacrificaram para evitar que outras tantas morressem no avanço dos Garou para a África. Talvez pelo sacrifício dos Ápis, os Ajaba, Bastet e Mokolé tenham sobrevivido.

Provando que não é errando que se aprende, os lobisomens tiveram outro capítulo triste nessa Guerra da Fúria: sua continuação, milhares de anos depois, na época das Grandes Navegações. Com a possibilidade de expansão das novas terras, não foram apenas os Uktena, Wendigo e Croatan que saíram perdendo. Uma raça inteira foi dizimada, os homens-morcego Camazotz. Piadinhas à parte, essa raça era responsável por ser a Voz de Gaia, os mensageiros nas terras do sul onde não havia corvos (Corvos espirituais e os animais viriam então com tempo, aos poucos muitos anos depois).

A guerra gera atritos até hoje com as outras raças, muitas vezes mortais. Os Garou são vistos como metidos, e o próprio envolvimento deles na Amazônia é visto com desprezo imenso pelos Bastet e Mokolé. Não seria a primeira vez que a “mãozinha” dos primos levou as duas raças a mais perdas que ganhos…

Na maioria imensa das vezes, lobisomens são vistos pelos outros Fera como imaturos, crianças querendo brincar com coisas das quais não entendem. Como poderiam os filhos do Lobo aprender a voltar da morte, como os filhos do Urso, sem possuir a mesma sabedoria? Como ter o dom da cura, quando tudo o que se faz é destruir? Talvez o Lobo nunca aprenda.

A verdade é que nem todo lobisomem é orgulhoso o suficiente (além de bobo o suficiente) para negar toda a Guerra. Muitos falam com pesar do ocorrido, e mais de um grupo busca reestreitar os laços com outros Fera – ou minimizar os estragos já feitos. Um grupo de Senhores das Sombras liderados pelo descendente direto do matador do último Camazotz luta para redimir o totem do Morcego, que se voltou para a Wyrm com o fim de seus protegidos. Os boatos dizem que foram bem sucedidos, ao menos com um de seus aspectos.

Lobisomens e Vampíros

Na historia do passado e nos tempos da primeira cidade com medo dos Garou e não apenas deles as muralhas da cidade tornaram-se tão grandiosas que chegavam até milhares de metros de altura, enquanto alguns diziam que as mesmas pareciam tocar os céus.

Há milenios, lobisomens e os vampiros travam guerras sangrentas em todo mundo. Para os lobisomens, o único sanguessuga bom é o sanguessuga queimado até as cinzas, e as cinzas espalhadas aos quatro ventos. Enquanto a maioria dos Garou prefere a imensidões selvagens, os vampiros são criaturas Urbanas. Eles sobrevivem e prosperaram com sangue humano e não poderiam sobreviver na natureza, mesmo que não existem os lobisomens, (pelo menos é o que os lupinos acreditam), prontos para chacina-los ao primeiro sinal de uma intromissão. Muitos Garou culpam os vampiros pela invasão descontrolada da natureza outrora indomada, promovida pelos centros urbanos.  

Não é novidade o ódio mortal pelos Vampiros, porém não de todo infundado, lobisomens travaram muitas guerras contra os sanguessugas, não apenas nas Eras Modernas ou pós-eras místicas, mas também durante o próprio Impergium, como protetores auto-declarados de Gaia que estes seriam, atacavam e destruíram qualquer "sanguessuga" que tentava adentrar em meio aos rebanhos mortais aos quais eles controlavam. Para os lobisomens, vampiros "fedem" a Wyrm, cheio notório e horrível ao qual irrita seu olfato. Com este fato, Garou então cercavam e escalavam as paredes de castelos medievais ao longo da historia destroçando senhores vampíricos, não apenas por sua missão como defensores da mãe terras, como também uma forma de controlar o crescimento das cidades humanas, ao qual eles acreditavam ser de culpa dos "mortos-vivos".  

Os Lobisomens no Mundo das Trevas

Diferente do mito que conta que os lobisomens mudam apenas na lua cheia e que basta ser mordido por um lobisomem para se tornar um, os lobisomens já nascem lobisomens, e possuem o poder para mudar de forma à vontade. Os Garou, como se chamam os lobisomens, foram criados por Gaia, o espírito da Terra, para serem seus guardiões sagrados. Ganhando dons dos ventos, dos espíritos, de Luna e da própria Gaia, são guerreiros orgulhosos, movidos pelo instinto e pela união de dois mundos: o humano e o lobo.

A ideia central de Lobisomem é que os jogadores interpretem Garou novatos, recém-passados por seu Rito de Passagem, se tornando adultos para a própria Tribo e tomando parte da guerra contra a Corruptora. Os embates internos, quanto ao distanciamento da própria espécie, a busca pela glória e pela morte em batalha e a ideia de que cada guerreiro é importante e muda o cenário permeia as histórias.

As Tribos, Os Augúrios e As Raças

Tribos

Os lobisomens estão organizados em Tribos, sendo seres sociais tanto quanto humanos ou lobos. O que define cada Tribo são os fatores culturais, étnicos, genéticos e geográficos: cada tribo provém de uma região diferente do planeta. Diferente de Raça e Augúrio, a Tribo é conquistada apenas depois do Rito de Passagem. Antes desse Rito, o Garou é considerado apenas um filhote, pouco mais que uma criança da Tribo. Os conhecimentos e dons tribais lhe são negados, até que ele se prove um adulto e digno de tais conhecimentos. Com o rito completado, ele se torna membro da Tribo, e finalmente pode ter acesso aos dons e a uma cidadania plena.

Augúrios

O Augúrio indica a fase da lua sob a qual o Garou nasceu e mostra o papel que o lobisomem está destinado a ter entre a Nação Garou. Para isso, o lobisomem recebe dons poderosos para ajudá-lo em sua função. Um Garou se torna mais forte quando a lua sob a qual ele nasceu se encontra no céu. A primeira vez a cada mês em que um garou vê a lua que corresponde ao seu Augúrio, ele é tomado por uma onda de energia incontrolável.

Raças

A Raça é a espécie na qual o lobisomem nasceu: entre humanos (hominídeos), lobos, ou uma cria impura entre dois lobisomens. A criança nascida de dois lobisomens sempre será outro lobisomem, porém completamente estéril e deformada, sendo considerada cidadã de segunda classe.

A Alcatéia

Os Garou são criaturas extremamente comunitárias. A matilha (ou alcatéia, numa tradução mais acertada de pack) é a unidade social mais antiga e mais básica, unindo lobisomens por laços de amizade ou por interesses comuns, que podem variar imensamente de Combater o avanço da Pentex sobre o pântano local até Combater a corrupção onde quer que ela esteja. Matilha são núcleos fechados e podem ser duradouras ou ter a duração mantida apenas pelo tempo em que seus interesses precisarem ser cumpridos. Enquanto a alcatéia existir e for protegida por seu Totem, manterá laços de amizade e confiança indestrutíveis. O Totem é um espírito guardião que é associado à alcatéia em um grande ritual, atuando como guardião e orientador.

A Litania

Durante as eras, os lobisomens foram capazes de criar um código de leis e passá-la de geração em geração. Uma tradição oral, a Litania está sujeita a múltiplas interpretações. Ela toma a forma de uma canção, contendo as tradições, códigos e leis da Nação Garou. A palavra litania vem do latim litania, que deriva do grego lite e significa oração ou súplica. A seguir, temos a litania em si, e alguns detalhes sobre cada uma de suas leis.

Não Cruzarás com Outro Garou

Esta lei é simples: O cruzamento entre dois Garou produz lobisomens Impuros. Lobisomens devem buscar por parceiros entre os humanos ou os lobos, para que gerem filhotes perfeitos. Porém, a quantidade de Impuros que se pode encontrar mostra que esta lei já não é tão… seguida quanto já foi um dia. Ainda que seja motivo de vergonha, dificilmente seus violadores sofrerão pena capital, já que já não existem tantos lobisomens no mundo a ponto de se darem ao luxo de matar os que existem. Ainda assim, gerar um filhote Impuro é motivo de grande vergonha para os pais, levando alguns Garou, muitas vezes, a atitudes desesperadas, como esconder seu crime e abandonar (ou, em casos extremos, assassinar) os filhotes da vergonha.

Combaterás a Wyrm Onde Quer Que Ela Esteja e Sempre Que Proliferar

Outra lei simples e direta – os Garou foram criados para combater a Wyrm e, como guerreiros sagrados de Gaia, devem honrar esta tradição. Entretanto, alguns Garou acabam perdendo mais tempo em politicagem e competições mesquinhas do que cumprindo o seu papel, o que só aumenta a tragédia.

Respeitarás o Território do Próximo

Uma vez, os territórios eram amplos, e muitos. Extensas regiões selvagens permitiam que os Garou se organizasse longe dos humanos, marcando seus territórios com urina. Qualquer Garou que desejasse entrar em território alheio deveria entoar o Uivo de Apresentação para pedir permissão, recitando seu nome, Tribo, linhagem, totem e tribo. Entretanto, o mundo mudou. Humanos se espalharam, e os territórios selvagens são cada vez mais escassos. Como nunca antes em sua história, tribos diferentes são obrigadas, muitas vezes, a dividir territórios (o que gera um aumento de tensão). Além disso, em territórios urbanos, uivar seria, no mínimo, inapropriado, sendo mais fácil enviar um e-mail ou dar um telefonema. Alguns Garou mais jovens também costumam esquecer esta regra que consideram “fascista”, o que pode gerar sérios desentendimentos com lobisomens mais territorialistas.

Aceitarás uma Derrota Honrada

O fato é que os Garou estão em extinção, e, repetindo, não podem se dar ao luxo de perder mais indivíduos. Porém, enquanto seres meio lobos, duelos são inevitáveis. Acontece que duelos até a morte só aumentaria a falta de garras destinadas a combater a Wyrm. Teoricamente, um Garou pode reconhecer a própria derrota mostrando a garganta para seu oponente, e o vencedor é obrigado a aceitar o término da luta sem executar o derrotado. Mas, para alguns lobisomens, a derrota é algo vergonhoso, e preferem perder a própria vida a se render.

Submeter-te-ás aos Garou de Posto Mais Elevado

Lobisomens, assim como os lobos, são criaturas hierárquicas. Desde que seja razoável, as ordens de um Garou de posto mais elevado deve ser obedecida. Nada impede, porém, que um Garou mais jovem ignore um velho caquético – exceto que a Fúria do velho caquético pode se inflamar, e de repente, aquele ancião enrugado pode se mostrar um combatente realmente irritado e pronto a dar uma lição – física – no jovem desobediente.

Darás o Primeiro Quinhão da Matança ao de Posto Mais Elevado


Aqui, o negócio é simples: assim como os lobos mais fortes se alimentam primeiro, os lobisomens de posto mais elevado também o fazem. Esta tradição se estende para os espólios de guerra, então teoricamente, fetiches da presa devem primeiro ser oferecidos aos Garou mais renomados. Na prática, cada tribo e alcateia interpreta a Litania do seu próprio modo. Dificilmente o mesmo Garou receberá os fetiches e amuletos mais legais todas às vezes, e caso sempre queira impor esta tradição, deve estar preparado para as consequências por ser tão ganancioso.

Não Comerá a Carne dos Humanos


Canibalismo é feito. Garou que consomem carne humana acabam contaminados pela Wyrm – seja pelo canibalismo em si, seja pela dieta moderna dos humanos estar repleta de alimentos de uma das subsidiárias da Pentex. Algumas Tribos interpretam este trecho ao seu próprio modo, mas de modo geral, os Garou não incluem pessoas na própria dieta. Isso seria meio nojento para muitas das tribos, afinal, muitos dos membros são meio-humanos e possuem filhos e esposas humanas.

Respeitarás Aqueles Inferiores a Ti – Todos São Filhos de Gaia

Os Garou são seres altamente sociáveis e, mais do que isto, comunitários. Todos os serem possuem um propósito no Grande Esquema das Coisas. Na prática, alguns indivíduos se enchem de orgulho e não hesitam em desrespeitar – ou matar – seres inferiores (e dependendo do Garou, um cervo ou um humano podem ser igualmente inferiores aos Garou).


Não Levantarás o Véu

Não mostre aos de fora o que você realmente é. Esta tradição raramente é violada por um motivo simples: eles são caçados pela Wyrm, e mesmo por outras coisas e os Garou sabem que a Inquisição ainda está por ai e terriveis poderes das épocas do impergium residem nas mãos dos Inquisidores. Os Garou que exibem sua verdadeira natureza sem “limpar a bagunça” recebem a pena capital o mais rapidamente possível, pois são um risco para todos.

Não Serás Fardo Para Teu Povo

Antigamente, um Garou ferido além da cura, ou velho demais para se transformar, era morto por seus pares ou se retirava para morrer sozinho. Porém, são novos tempos, e os Garou – ao menos a imensa maioria dos hominídeos – defendem que mesmo os mais velhos têm algo a oferecer para o grupo. Como enviar para a morte (ou assassinar) sua mãe, seu tio, seu avô? A maioria dos Garou velhos demais para que continuem na luta retornam para a sociedade humana ou lupina, ou permanecem entre os Garou, contribuindo como podem, seja defendendo de alguma forma os interesses da Nação, seja ajudando a educar os mais jovens.

Em Tempos de Paz, o Líder Poderá Ser Desafiado a Qualquer Momento

Ainda que obedeçam os de posto superior, os Garou não são escravos, e caso não exista nenhuma ameaça imediata, desde que tenha o posto adequado para isto, um Garou pode desafiar o outro pela liderança da alcateia. Se vence, assume a liderança, se perde, aceita de bom grado as ordens do líder do grupo. Porém, alguns líderes são fortes (ou habilidosos) o bastante pra ser muito difícil derrotá-lo. Embora, quando se fale de lobisomens, logo se imagine combates sangrentos, esta não precisa ser sempre verdade, são reconhecidos outros desafios, como os de lógica, os de habilidade, charadas, entre outros. Entretanto, alguns Garou inescrupulosos podem tentar alegar que não estão em tempos de paz, pela guerra constante contra a Wyrm.

Não Desafiarás teu Líder em Tempo de Guerra

O trabalho em grupo das alcateias é primordial na guerra contra a Wyrm – nenhum Garou, sozinho, seria capaz de vencer as criaturas mais monstruosas da Wyrm. A obediência ao líder, que estabelecerá as táticas de combate, aqui, se torna uma simples questão de sobrevivência. Durante a luta, o líder deve ser obedecido, independente de qualquer coisa, e aqueles que desobedecerem recebem a pena capital assim que a batalha acabar – a menos que a insubordinação se dê em ocasiões especiais. Um Garou que desobedeça a um líder corrompido ou incompetente dificilmente será punido pelos Filodox, ainda que não receba nenhum Renome, afinal, a Litania foi quebrada.

Não Desempenharás Nenhuma Ação que Cause a Violação de um Caern

Aqui, não tem meio termo – todos os Garou dão a vida pela defesa de um caern. Mesmo que seja acidente, um Garou que leve um inimigo a um caern receberá uma punição severa, ainda que, talvez, não a pena capital.
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