[World of Darkness] Caçadores Caçados
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0.6 – Lich's

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Mensagem por Ageu337 Sáb Dez 01, 2018 10:02 am

Conceito

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Uma das criaturas clássicas dos jogos de interpretação de personagem, os lich existem, também, no Mundo das Trevas. Em um mundo de mistérios, teorias da conspiração, onde seres mitológicos se escondem nas sombras jogando seus jogos e suas guerras, como poderia ser diferente?

A seguir, trago pra vocês uma tradução adaptada com informações sobre os magos mortos-vivos e que continuaram mágicos. São criaturas muito esquisitas. Em breve, posto aqui o ritual apropriado, o Domínio Lich, para aqueles que têm coragem de se aventurar num dos caminhos mais sombrios da vida eterna.

Além da Morte

Orfeu viajou até o Hades para recuperar sua noiva; Aquiles ignorou armas mortíferas; Hércules trapaceou a morte para se tornar um deus. Estes heróis foram só alguns em uma longa lista de homens e mulher que desafiaram sua própria mortalidade. Histórias tão antigas quanto o Épico de Gilgamesh e os ritos egípcios de mumificação.

A obsessão egípcia com a morte levou a uma mágica desenhada para lidar diretamente com o Mundo Inferior. Fascinados com as perspectivas de vida após a morte e renascimento, os egípcios criaram o Feitiço da Vida para trazer vida aos mortais depois de seu tempo, um feitiço que fez com que eles estejam sempre vivos, ainda que morrendo.

As interações da Grécia e de Roma com o Egito - de Cartago, Marco Antônio e, depois, as Cruzadas - significava que as mágicas egípcias inevitavelmente se infiltrariam na cultura Grega. A influência foi fraca - apenas raros necromantes ou Infernalistas insanos permutavam diretamente com os poderes da morte; gregos místicos se focavam mais em assuntos transcendentais. Contudo, este treinamento filosófico deu aos gregos a habilidade de compreender as novas direções da mágica egípcia e a descrevê-la em termos eficientes.

O resultado? Embora o Egito tenha dado à luz muitos ritos que lidam com a morte, os gregos e os romanos os preservaram. Magos modernos ainda chamam deuses egípcios pelos seus nomes gregos. O simbolismo egípcio foi filtrado pelo Culto Romano de Mercúrio antes de chegar à Ordem de Hermes. O Feitiço da Vida se transformou em modos de enganar a morte.

O Feitiço da Vida original egípcio criava múmias, seres que morreram, mas retornaram às terras ensolaradas em seus próprios corpos. Na época em que os registros gregos fragmentos dos Escritos Secretos de Cabirus se infiltrou no Culto Romano de Mercúrio, contudo, as prioridades do culto haviam mudado. Os magos que se tornaram a Ordem de Hermes procuravam evitar a morte, não experimentá-la outra vez e outra vez. Com a incrível precisão que eles desenvolveram através de seus estudos da linguagem, os magos romanos alteraram a fórmula. Esta forma alterada inverteu o Feitiço da Vida; em vez de morte e retorno, o mago pairava para sempre no limiar da morte. Enterrado após a queda de Roma, o feitiço ressurgiu apenas na Idade Média, quando mágicos da Ordem de Hermes solicitaram modos alternativos de prolongar suas vidas para que tivessem tempo de adquirir maestria nas complexidades de suas mágicas.

As informações que sobreviveram sobre o feitiço original são fragmentadas. Pesquisadores Herméticos tiveram que juntar os componentes necessários e improvisar seus próprios toques finais. Cada versão do feitiço era única, meios para um mago individual preservar seu Padrão.

Naturalmente, os meios de enganar a morte não são fáceis. Os requerimentos assustadores do rito espantam a maioria dos estudantes, mesmo no que tange a capacidade acadêmica. Mas sempre existem alguns poucos loucos, para quem a atração da imortalidade é muito tentadora.

• Uma vez morto, o corpo do mago torna-se cadavérico, sombrio e suavemente azulado, como poderia se esperar de qualquer cadáver. Isso aumenta todas as dificuldades relacionadas a testes de Aparência em 2 (Embora não limite sua pontuação de aparência).

• O liche não pode se curar naturalmente. Apenas magia pode curar seus ferimentos. Cada nível curado requer o gasto de um ponto de Quintessência, logo o liche é essencialmente um taumívoro.

• Um liche não pode ser morto por dano letal, apenas por ferimentos agravados - danos de Padrão - podem destruí-lo permanentemente. Visto que o corpo do liche está morto, ele sofre apenas apenas metade do dano por contusão (arredondado para baixo após a absorção) e usa a parada completa de absorção contra dano letal (dificuldade 6). Dano letal ou contusivo podem incapacitar um liche e tornar seu corpo não funcional por um tempo, mas eventualmente o liche pode facilmente superar o impedimento. Lembre-se, penalidades por ferimentos não afetam as dificuldades de
lançamento de magia, então o liche pode facilmente usar magia de Mente ou Espírito para enviar sua forma astral para obter Quintessência e retornar para curar seu corpo.

• O corpo do liche continua a decair. Muitos liches usam magias de Entropia para sustentá-los, mas passado o tempo eles se tornam despreocupados com trais trivialidades. Sem preservação mágica especial, o corpo do liche apodrece na velocidade de cura normal: Após um dia ele perde seu Nível Escoriado, três dias depois ele perde o Machucado, assim por diante. Esse apodrecimento é visível e faz com que o mago perca Aparência (um ponto por Nível de Vitalidade perdido) a medida que ele decai, até que a decrepitude seja curada.

• Liches são estéreis, é claro. Nenhuma quantidade de magia pode consertar aquele problema. Um liche pode simular sexualidade, do mesmo modo que um vampiro o faz, mas será apenas uma coisa meio morta com outros meios para gastar a eternidade. Um liche pode comer e beber, seu corpo até metaboliza comida, mas não exige sustentação.

• Visto que um liche é dependente solenemente de sua própria magia para sustentá-lo, o ritual destrói suas conexões com quaisquer magias externas. O liche não pode ter Fé Verdadeira, Sangue de Fada ou Qualidades similares. Quaisquer elos existentes são destruídos. Um Liche não pode se tornar um carniçal, um vampiro ou outra criatura sobrenatural.

• Após o término do ritual, o liche recebe um ponto tanto em Ressonância Estática como em Entrópica. Além do mais, a Ressonância do liche não é apenas desconcertante apenas aos mortais, mas também para as criaturas sobrenaturais. Vampiros, changelins e até mesmo espíritos irão reconhecer o liche como uma abominação não-natural. Os espertos fogem. Até mesmo outros magos são afetados, tendo a inclinação para caçar e destruir liches.

• Como uma criatura estática, o liche nunca poderá ganhar Arete - nunca. Ele pode continuar a ampliar suas Esferas, mas sua iluminação está congelada ao seu corpo e sua alma. A Ascensão por trocada pela oportunidade de existir além dos limites mortais na busca por poder mágico. Um liche pode sofrer Gilgul. Muitos sofrem, pouco antes de serem mortos permanentemente. Ainda assim, o liche tem a eternidade para estudar, ampliar e expandir seu conhecimento nas Esferas, tornando difícil pra caralho de matar.

• Liches não possuem familiares. (Você matou o seu como parte do ritual, lembra?). Isso vale até mesmo se o liche nunca teve um em vida. O Padrão não-vivo do liche não pode se ligar apropriadamente a familares.

• O ritual do liche não pode ser desfeito atrávés de simples contramagia. Muitos liches também adicionam outras proteções para evitar o desfazer. Podendo o ritual ser desfeito, o liche finaliza o processo de morte e tornase um corpo. Assim, reverter o ritual também exige algum meio de reviver os mortos - boa sorte com isso.

• Um liche pode colocar seu Avatar numa filocteria (veja o Defeito Filocteria, Mago Revisado, página 300). Isso se torna uma necessidade caso o liche não possua Espírito o suficiente para sustentar seu Avatar e sua alma durante o ritual em si. O liche pode unir uma filocteria com Espírito 3.

• Liches possuem a tendência para a insanidade.
Ninguém passa pelo ritual sem ganhar ao menos uma Perturbação. Com o passar do tempo, muitos liches tornam-se obsessivamente excêntricos, até que eles se tornam incompletamente incapazes de lidar com o mundo normal.

• O processo de liche altera profundamente o Padrão de um indivíduo de um modo tal que seu Nome Verdadeiro não é mais aplicável. O ritual deforma seu nome. Alguém familiar com o antigo nome e a fórmula do liche pode ser capaz de descobrir o nome corrompido (Inteligência + Ocultismo, dificuldade 9). Existe ainda um Nome Verdadeiro para liche, mas cada liche também possui nome Nome Verdadeiro individual que é necessário para afetar o indivíduo com aprisionamentos, banimentos e etc.

• Liches são, é claro, Paradoxais, e o ritual confere ao usuário Paradoxo permanente. A quantidade exata está a cargo do Narrador. Certamente num jogo de baixa-fantasia, um liche sofre uma grande porção de Paradoxo.
Ageu337
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